quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vida sangrada

A vida vale um celular, parece que vale bem menos.
Com uma arma na mão eis ai um superhomem que com o seu poder pode tirar um ou várias vidas.
Basta que ele pense que pode fazer isso ou que ele queira fazer isso e assuma as consequências.
Mas que consequências? Hoje se mata por causa de um celular, se mata sem razão. Matar não requer razão, ao contrário matar é perda da razão. O que podemos fazer se inventamos a arma, mas ao fazer a arma não se pensou no ato irracional de matar. Estamos literalmente nos matando por objetos.
Ontem um delinquente disparou um tiro na cabeça de uma moça, porque assim achava que podia.
Este meliante pediu o celular e a moça falou que não tinha.
E se ela não tivesse mesmo?
O sangue a vida foram derramados por causa de dois objetos. A arma e o celular.
Quanto vale uma vida?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ganghi

A paz de Gandhi esteja contigo.

Gandhi um homem, um ícone da India cuja filosofia pregava a não violência.
Conheci Gandhi mexendo nos velhos baus de minha vô.
Acho que aquele livro pertencia a meu tio.
Um livro não volumoso, mas com um conteúdo com seus pensamentos. Emprestei esse livro e nunca mais me devolveram.
O fato que eu, adolescente, sem ter muito o que fazer no sítio em que morei ao encontrar esse livro. Com a foto de Gandhi na capa me interessei. Comecei a ler, acho que foi o primeiro livro que li por completo em minha vida.
Recheado de pensamentos fantástico os quais serviriam de pensamento para toda a vida.
Eu no entanto lia como quem ler um romance. Fiquei apaixonado por aquele livro.

Desde então me interessa cada vez mais saber sobre esse homem excepcional.
Ler Gandhi por ele mesmo. A pouco tempo me despertou mais amor, mais pais e mais ação.

Gandhi é lição de amor e de vida.

Das poucas coisas que sei da vida uma delas é que a tudo se resolve através da passividade, da não violência.

Huberto Hohden escreveu sobre Gandhi.

Conheça Gandhi.
Converse com ele, suas leituras lhes trará paz.

A paz de Gandhi e toda sua sabedoria dele lhe faça mais feliz.

Certeza

Seu Certeza, um português gente boa, que conheci num ônibus, num dos dias que estava muito triste que nunca desistisse, seguisse sempre em frente. É o que venho sempre tentando fazer.
Sou cabeça dura. Sigo sempre em frente.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

o olhar!

um olhar,

luz que me excita,
luz que dar cores,
que mostra as formas,

luz que me toca,
luz que me aquece,
via mais bela de ver o mundo.

via que me permite ver o plenilúneo,
aurora, crepúsculo.

permite-me ver o sorriso,
ver o que o outro viu,
ver o que o outro contruiu
em uma tela,
decifrar o que o outro tentou
codificar.

o olhar.

o bebê

Fiquei sabendo que vou ser tio de um menino.
Rosângela vai ter um bebê,
mais um sobrinho,
mais um queiroz,
mais uma voz.

Que venha em paz.
Quem me falou foi a Ana,
mas mamãe confirmou hoje.

Que vem um menino,
metade brasileiro e metade peruano.

viva a vida,
que nasce e renasce,
a cada dia.

O beijo

Vi duas belas moças sentadas na praça dos cocos, conversavam e sorriam animadamente. Uma tragava um cigarro a outra só fazia companhia. Então se levantaram e seguiram para o banheiro até ai tudo bem. Aquela que fumava tirou a última tragada e jogou o cigarro no lixo. Entraram no banheiro bem não achei estranho porque vejo sempre mulheres entrando no banheiro juntas.
Então enquanto fazia flexão percebi que o senhor que também fazia exercícios mirava para o banheiro, como sou curioso olhei também e vi aquele beijo apaixonado. Aquelas duas moças se beijavam na boca um beijo caliente, no entanto no banheiro. Acho que elas foram se beijar lá pra não chocar as crianças que corriam ali mesmo. Acabou que nós adultos que vimos ficamos chocados.
Terminado o beijo como quem termina de fazer xixi, foram embora.


ciririca

Canta longe a ciririca,
canta longe a ciririca,
canta feliz a ciririca,
no alto de uma árvore,
canta a ciririca,
o sol brilha radiante,
nuvens passam ululante,
o dia sorri,
quando canta a ciririca.

Estações

O ano passa e com este as estações,
passam e deixam marca na natureza.
marcas de beleza,
marcas de tristeza,
e nós sofremos e amamos com isso.
Vivemos nessas condições,
de seres existentes, materialistas humanos.
Nossos pensamentos nos separa da matéria,
se perpetua na matéria, se eterniza na escrita.

O ano passa e com este as estações.
Como a vida também passa.
como a música que acaba,
uma boa e má leitura.

Tudo passa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

diálogo.

O que buscamos,
não sabemos.
Uma ilusão talvez,
uma esperança quem sabe.

A vida muitas vezes
se esvazia,
fica sem poesia.

Desilusão.
quem sabe uma oração faça bem.
Mais de onde vem inspiração?

da estética, da ética?

O mundo que me envolve,
com suas formas,
com nossas formas,
nossas criações.

grande coisa,
as vezes nada vale a pena falar, comunicar.

Basta uma contemplação.

A vida passa independente de qualquer coisa.

ao som do mar,
a calma do rio,
o silêncio da partida do sol,

o som da noite,
som de insetos.

O que vou fazer amanhã.
Quem se importa...

Desde que faça algo,
desde que como máquina exerça algo.

Não sou uma mosquito hematofago em busca de sangue,
não me importa se o sangue está quente,
tenho geladeira em casa.

trabalho pra manter
essa ordem que almejei em minha vida,
pra evitar a lida sob o sol,
inventei de estudar
e hoje

o que fazer para contemplar a vida?

Acho que preciso me eternizar.

A voz do rádio

A fala que ouço,
é Loubato com essa voz engraçada,
sim é ele.

Que coisa parece o Beto falando.

Que coisa não.

Gostei dessa voz.

Por acaso encontrei uma entrevista no youtube do Monteiro Loubato a rádio Record.

Gostei da voz, pareceu-me tão agradável.

Falou sobre tantas coisas com tamanha destreza é o Loubato homem cheio de saber.

Que tanto encantou nossos pais, ou melhor outros pais, pois meus pais infelizmente
sabem apenas escrever o nome.

Mas como escreveu para as crianças.
Isso é bom.

Monteiro Loubato traduziu Filosofia de vida do Will Durant.

Valeu.

domingo, 3 de outubro de 2010

Não se vá.

Quanto voce partes,
quando cruzas a cruva
e desapareces.
Quanto não consigo mais tiver,
sinto uma saudade,
sinto que parte de mim
partiu.

Quanto chego em casa
sinto um vazio,
sinto que falta algo,
vejo a cama desarrumada,
roupas espalhadas,
voce bagunça minha vida,
mas confesso é muito bom.

Fica só a saudade
a esperança da semana,
passar e então possa te ver,
ouvir voce reclamar,
faz parte da vida.

amar é isso.

Plebiscito

Domingo 3 de outubro de 2010.

Hoje foi um dia muito importante para o estado brasileiro, pois houve plebiscito para escolha de governantes para os quatro anos seguintes. Foram selecionados presidente, senadores, governo de estado, deputados federais e estaduais. É incrível a velocidade de apuração dos votos.
Menos de cinco horas do término da votação já se sabe quais serão os novos governos, senadores e deputados, no entanto em determinados estados e para presidente da república apenas no dia 31/10 que terá a decisão final.
Falei incrível a velocidade, porque fui da época que usava cédula de papel e urna normal os votos eram contados um a um, gastava-se quase uma semana para contar tudo, sem contar com a quantidade de papel que era dispendiada.
Lembro quando Collor foi eleito presidente da república, ficava torcendo para ele ganhar. Na minha casa na época a televisão e o rádio eram os únicos meios de comunicação. Eu ainda era muito jovem mas já era muito influenciado pela tv.
Hoje no entanto com a internet, basta entrar no site do TSE que tenho todos os resultados sem ver tv ou ouvir rádio, acompanho de minha cama. Vejo quem foi eleito em cada estado, governos, senadores e deputados federais e estaduais.
Sou do Rio Grande do Norte, quem ganhou lá foi Rosalba Searlin de mossoró, achei muito bom isso, afinal temos uma governadora do autoeste potiguar, elegemos uma pessoa que não é da cidade de natal. E os senadores Garibalde e Agripino, esses no entanto, se elegeram por terem uma imagem. Pra mim estes são vergonosos, péssimos políticos, sinto que nosso estado não tem representatividade nenhum.
Mas em fim algumas vezes só temos que aceitar.
Eis a democracia e eis a tecnologia.

sábado, 2 de outubro de 2010

Sábado

O dia nasceu,
mas o sol não apareceu,
gotas caiam do céu,
gotas caiam sobre as folhas,
gotas caiam sobre as flores,
Era um sábado como outros sábados.
Mas neste o sol não apareceu.
As gotas caiam,
água condensada no céu se precipitava terra baixo.
Chovia naquele dia.
Fazia um friozinho gostoso,
um friozinho paulista.
As aves cantavam.
O sabiá, o sanhaçu, a doidela e a cambacica.

Eu estava deitado,
acordado, mas ainda deitado.
Sentindo o calor de meu corpo preso ao cobertor,
sentindo a vida.

Viajando em meus vagos pensamentos.

até a chuva parar.
até Ana acordar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O almoço

Estava eu esperando minha namorada para almoçar. Então liguei para saber onde ela estava. Ela me respondeu que estava saindo da rodoviária e iria demorar a chegar, e me falou que podia ir almoçar. Sai lentamente olhando umas fotos. Sai caminhando. Então vi que vinha na mesma direção uma estagiaria da Anatomia da servia. Aguardei e perguntei se estava indo almoçar. A servia vinha com uma alemã. Então foi uma verdadeira salada três pessoas de línguas extremamente diferentes se comunicando em inglês. Foi extremamente divertido. A servia é extremamente comunicativa, sorridente, já a alemã mais recatada, mas muito legal. Conversamos sobre diversas coisas, eu com meu pouco inglês mais ouvia. Chegamos ao RU encontramos uma amiga da servia. Esta era mais comunicativa. Então tive um almoço mais diferente. Prestava muito atenção para entender a conversa, visto que elas falavam muito rápido. A comida estava excelente composta de carne picada, arroz, feijão, soja e berinjela. O almoço foi agradabilíssimo. Terminado o jantar seguimos em nos despedimos e fomos embora.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O bolo

O bolo

Certa noite, havia uma festa de aniversário surpresa. Foi feito um bolo para comemorar a felicita data. A noite todos os convidados chegaram no horário acertado. Conversa vai conversa vêm. A demora se prolonga. O bolo fica sobre a mesa exposto junto com uma vasilha de beijinho, três pães, dois refrigerantes. O impaciente abre o guaraná, corta o pão... outro coloca um quarto do copo.
E lá se vai o guaraná. Uma boca nervosa ataca o pão, os frios. já é 23h e a aniversariante não chega.
As pessoas se dispersaram, uns foram ver futebol na sala, outros falam... falam. E o bolo espera esquentando.
Fomos embora e não sei o fim da estória.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Planta?

o tom das cores,
o tom das flores,
que planta é essa?
Tipuana.
E essa?
olho de pombo.
flores amarelas.

as formigas gostam muito de coletar,
as flores destas plantas.

Eterno

Não há tempo que demore pela eternidade,
dias melhores virão.
Tudo passa, embora o cansaço nos siga.

Quantas vezes falta força para concluir o que se começou.

Falta convicção.

Dias melhores virão.

Quanto tempo gasto, precioso tempo gasto com essas ideias.

A vida é curta,
levanta bate a poeira e dar a volta por cima ja dizia Caime.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Myosotis


Myosotis de flor azul,
cresce nos jardins entre as cercas,
crescem ao ar livre.

Myosotis azul,
flores pequenas charmosas,
flores azuis...

Myosotis adora as montanhas,
adora ouvir o som das águas correntes,
sentir a chuva e a neblina da manhã.

gosta de ver o jardim campinado.

Desabrocha azul o myosotis.
sob a araucária bem em frente ao mosteiro Santa Clara de Itajubá.

bem vinda primavera



Flores da primavera,
azuis, brancas, amarelas,
verdes, lilás são todas belas.

Flores da primavera,
árvores se vestindo e
logo as flores surgindo.

Tênues e efêmeras são todas belas
as flores da primavera.

Jardins coloridos,
tempos idos,
o mês de setembro está quase todo ido,
passou-se seco, mas agora que choveu.
Agora que choveu,
o mundo ta mais verde,
mais colorido.

Primeiro foi a florada dos ipês,
agora floram as sibipirunas,
os guapuruvus todos de flor amarela.

As quaresmeiras floram todo tempo lilás.

Agora que é primavera...
as flores estão mais belas...


primavera

Céu nublado,
dia ameno,
canta o sabiá,
canta o tico-tico.

salas vazias,
o silêncio é quebrado,
no trabalho dos homens
pintando as colunas do prédio.

o verde toma conta dos espaços.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Momento

O momento.

Apreendo o momento,
cristalizo o instante,
numa foto,
numa pintura,
num texto.

A foto apreende as cores,
as formas.

A pintura acrescenta as cores do sentimento.

O texto nos fala do clima, cheiro e a cor.

A foto e a pintura não podem ser desfrutada por quem não ver,
o texto pode ser sentido pelos dedos.


A casa de vo sinha

A casa de avó Sinhá.

Vovó Sinhá tinha duas casas uma na serra e outra no sertão.
A do sertão é a que gosto mais, pois era mais simples. Só tinha a sala de alvenaria e todo o resto de taipa. A parte de taipa era tão engraçada, era toda engembrada, desde o teto as paredes, tinha grandes moirões sustentando as paredes. A cozinha muito era preta da fumaça da comida. A comida era feita com lenha tirada no broque bem próximo dali. Quando chovia aquele lugar ficava lindo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cadelinha!

O calor do dia,
a preguiça.

Sobre o colchão dorme a cadelinha, ventilador ligado.
Hoje ela foi ao petshop onde teve o pelo tosado,
o corpo banhado.

Mirando fora da janela,
sob o sol escaldante,
trabalham o pedreiro e seu ajudante.

Desde cedo trabalha no calor.
Quanto vale seu trabalho?


Fome

A fome!

Quando sinto fome não penso,
qualquer coisa dispenso,
quero comer,
não adianta,
não consigo fazer nada,
se quer uma piada.

Quando tenho fome,
faço o que comer,
ou pago pra alguém fazer.

Quando tenho fome
sou outra pessoa.

Sinto fome todos os dias
os mesmos horários e sempre tenho o que comer.

Mas quem não tem?
o que é viver pra essas pessoas?

meio dia

O sol no meio do céu,
brilha intensamente,
tudo intensamente branco,
quente.

O céu num azul claro,
até o verde das plantas furtam a cor,
nossos corpos é puro calor.

Fadiga e ociosidade nos impedem de trabalhar,

como pensar sob o sol escaldante do meio dia.

Mole o corpo transpira,
a fadiga e o cansaço.

Aqui a natureza se impõe.

É preciso paciência,
senão se enlouquece.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A graça da praça

Quando era menino queria crescer para passear na praça sozinho,
mas só me restava o cos da calça de meus pais, que diziam
tenha calma, já acaba, cale a boca.
Finalmente fui crescendo e me tornando livre, e então podia ir a praça quando quisesse,
desfrutei muito dessa liberdade, mas o tempo passa.
E aquela praça perdeu a graça, as meninas não me olhavam,
fui conhecer outra praça a da cidade vizinha, curti por um tempo, mas também ficou sem graça,
eu não percebia que era eu que estava perdendo a graça e cedendo espaço para os outros
rapazes que se tornavam livres. O tempo passou, fui embora da cidade,
para a universidade onde tinha praça, mas vazia e sem graça,
o que me encantava eram as discussões.
Quando voltei para casa, já tinha perdido parte de mim, já tinha construído outro eu.
Quem eu deixei evoluira e eu me perdera.
Gerações novas vieram e sequem lembram de mim.

Aquela praça foi reformada perdeu os bancos o riso e eu
pareço meu pai ontem.

Água

Um copo laranja, transparente cheio de água sobre a mesa.
Esse copo dar forma a água informe.
Um limite sutil entre sólido, liquido e gasoso.
O copo e a água.
O copo da forma a água e a água toma a forma do copo.
Tomo a água o copo se esvazia,
meu corpo resfria,
e a água agora me constitui.
o copo é só um objeto.
A água o precioso conteúdo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chuva


Hoje tão de distante do sertão,
distante das terras de seixos,
solos solos e plantas nuas, algumas quase em extinsão,

plantas armadas, curvadas as vezes românticas,
algumas parecem candelabros ornando os serrotes,
onde encontramos magotes de bodes.

Saudades do calor ardente,
do canto da cigarra,
do entardecer com suas barras.

Hoje tão distante,
quando vi a chuva cair,
ai lembrei de lá,
lembrei de ver papai correr,
com medo do relampago e do trovão,
lembrei dele falar fulamo morreu de um raio,
o filho de zacarias.
Conheci um professor, Geraldo, cujo avô lá pras bandas de Barbalha morrera de um raio.

Lembrei do meu sertão,
que agradecia a chuva exalando um cheiro gostoso,
gota a gota na bica,
juntava-se formando um cano d'agua, oba amanhã não vou butar água.

A chuva cai, a chuva caia, me trazendo alegria,
me trazendo poesia...

domingo, 19 de setembro de 2010

Vento

O vento que não dorme,
viaja mundo a fora,
a toda e qualquer hora,
principalmente em dia ensolarado,
sai por ai empolgado,
a beijar as flores,
mexer com as árvores,
fazendo-as chiar.

Sai por ai, de cá pra lá,
este sem vergonha,
muito cedo, antes que o sol me acordasse,
já veio me incomodar,
entrou de fininho,
por debaixo da porta,
soprando em meu rosto,
me fez acordar,
fez a acacia da minha minha rua a chiar,
vi a incitando a brigar,

veio e ficou,
chamou o sol,

me trouxe o dia.

Bem quase não consegui acordar,
meus olhos resistiam em abrir,
mas abriu,
minha bexiga exigiu,
desapertar,
foi ao banheiro,
enquanto isso o sol inundou meu quarto de luz,

quando voltei para a cama,
já era dia,
hum que frio,
foi o vento que trouxe o frio,
me enrolei no cobertor,
e olhei de lado,
debaixo da tv,

uma linda kalanchoe,
de sorriso ardente,
picante,
enamorada,
vermelha,
sorria, como sorria,
ao ver e ou vir o vento,
batendo na porta,
exigindo seus beijos,
quando ela me viu observando essa cena,
ficou mais vermelha,
sorriu emcabulada,
sorri e corri com o sol,
que não deixou os passarinhos cantarem,

talvez tenha trazido o frio,
ou sei lá,

sei que a rua tá vazia, só o silêncio ai habita agora.
e o vento...

vai viajar vento.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

caminhos

Quantos caminhos temos para seguir?

Depende de onde queremos chegar, do que buscamos.

alimenta tua alma

Alimenta tua alma todo dia,
os dias são lisos, e foge de nós sem percebermos.
Não sabemos quanto nos resta, ainda bem senão entrariamos em desespero.
Alimentemos nossa alma que tudo que temos,
quando o tempo passa tudo perdemos,
esperamos na esperança tudo melhorar.
As vezes parece um engano que nada muda.

Quem sabe?

Alimenta tua alma todo dia.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que me faz viver?



Praticamente faço as mesmas coisas todos os dias. Acordo, tomo café, vou para a universidade, trabalho, estudo, almoço, trabalho, volto pra casa e descanso. As vezes isso tudo parece não ter sentido, pois é tão mecânico. O que me prende a essa rotina diária? Talvez os fatos, as ideias que construo e vou alimentando constantemente, transformando meus atos. Acho interessante o que acontece em Brasília, São Paulo e Campinas, já que vivo aqui, me interessa saber o que está acontecendo aqui, portanto os jornais prendem parte do meu tempo. Gosto do estudo que desenvolvo, acho um tanto quanto complexo, às vezes fico de cabeça quente, mas aprendi a apanhar e a não fazer as coisas como deveria. Talvez não obtenha tantos resultados, mas enfim faz parte de mim. Não que queira me enganar, tenho que melhorar cada dia e melhoro, talvez não no que eu deveria, mas melhoro. Gasto parte do meu tempo tentando me programar para o que devo fazer. Adoro conversar com os amigos, falar coisas indelicadas, rir, almoçar com eles, trocar minhas ideias. Meus amigos são algo muito importante pra mim passo o tempo suficiente com eles. Bem minha namorada mora longe daqui nos vemos nos fins de semana, conversamos via chat e telefone é um tempo precioso sua presença. Confesso que passo maior parte do meu tempo comigo mesmo. Pensando, gulosamente tentando apreender o mundo e minha mente caminho, penso, sento e leio, penso, ouço rádio e penso, tento usar todas as vias que possam me trazer conhecimento. Portanto passo maior parte da vida aprendendo.
Percebo agora o que me motiva viver é a busca pelo saber pensar.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Silencio da noite

O silêncio da noite.

Noite de inverno se entregando ao verão,
céu limpo estrelado,
noite muito escura,

faz um silêncio aqui,
silêncio que não se ouve um grilo.

Faz tempo que não ouço grilos,
mas mosquitos, incomodam quase sempre.

Hoje nessa noite,
eles resolveram fazer silêncio.

Será que estou surdo ou faz silêncio,
ou desconheço o significado de SILÊNCIO.

A noite adentro se arrasta,
sem vento,
sem som,

marcando o tempo no pulsar das estrelas.

Conversando.

É conversando que se esvazia e se enche.

Quando estamos com a cabeça quente, cheia de idéias ou problemas, sem saber o que fazer, ficamos nervosos, ansiosos e talvez desesperados. As coisas parecem conspirar contra nós. Tudo bem tenha calma, respire e tente relaxar. A melhor coisa que se tem para fazer é buscar um amigo e conversar sobre qualquer coisa até mesmo aquilo que te incomoda. Porém é difícil encontrar alguém que te escute, pois muitas vezes os os problemas são tão peculiares que seria impossível um amigo resolve-lo, convidi-0 para tomar um café. Conversar é muito importante, pois veja bem no momento que voce senta com a outra pessoa e começa a conversar, começas a organizar suas ideias e logo as soluções vão começando a brilhar na mente. Seja mais paciente com a vida, com as pessoas. As coisas sempre se resolvem e conversando voce abre sua mente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Primavera


Cor de gema,
ou será gota,
sem clara,
um girassol,

Vejam

ai vem a primavera.

Quotidiano

Quando olho no horizonte e vejo o sol pleno surgindo lentamente,
na velocidade de uma antese. Inspiro fundo sinto o aroma do dia.
Sinto a brisa matinal, o cheiro frio deixado pela noite que passou.
Ouço o cantar das aves, o vento a assanhar a copa das árvores.

Quando eu acordo e saio fora da porta que vejo o cachorro espreguiçar,
tremendo o corpo, abrindo a boca e curvando a língua e rosnando,
abanando o rabo de alegria, parece até que ouço ele falar um bom dia.

Os primeiros passos são para arrumar a rádio do celular,
encontro alguém e solto um bom dia.

Sempre tem algo belo para observar.
Flores das árvores, das ervas e o aurora da manhã.

Os carros começam a passar.

O dia segue ao sabor do vento!

Quotidiano

Quando olho no horizonte e vejo o sol pleno surgindo lentamente,
na velocidade de uma antese. Inspiro fundo sinto o aroma do dia.
Sinto a brisa matinal, o cheiro frio deixado pela noite que passou.
Ouço o cantar das aves, o vento a assanhar a copa das árvores.

Quando eu acordo e saio fora da porta que vejo o cachorro espreguiçar,
tremendo o corpo, abrindo a boca e curvando a língua e rosnando,
abanando o rabo de alegria, parece até que ouço ele falar um bom dia.

Os primeiros passos são para arrumar a rádio do celular,
encontro alguém e solto um bom dia.

Sempre tem algo belo para observar.
Flores das árvores, das ervas e o aurora da manhã.

Os carros começam a passar.

O dia segue ao sabor do vento!

Um dia maravilhoso

Quando acordei, pensei hoje vai ser um ótimo dia.
O dia começou, fui trabalhar e pouca coisa pude fazer, mas fiz.
A tarde me dei conta que algumas não poderiam ser resolvidas no meu trabalho.
Fui mais cedo para casa, tomei um banho frio e seguir para tentar não perder a tarde.
Resolvi várias coisas no mesmo dia.
O dia hoje foi produtivo, pena que nem todos dos dias sejam assim.
Um comentário me desagradou, mas o dia foi maravilhoso.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Primeira solidão


Fui ao quintal,
vias flores de cores lilás e branca.

vi formigas sobre bagaço de laranja,
uma população linda.

Vi a casa de abelha,
num entra e sai destas a trabalhar.

Vi o silêncio da manhã.

Senti a luz do sol, pura vitamina D.

Quando acordei, ouvi cantar o sabiá.

latir o cachorro, de casa e da rua.

admirei a beleza do dia,
da vida.

Senti solidão,
mas uma solidão boa,
eu comigo mesmo.

Estou sempre comigo e
ainda sinto-me feliz por isso.

acho que só eu me entendo.

Por isso acordo cedo pra ver o sol,
pra sentir a brisa da manhã,
pra encontrar um bom dia.

pra viver essa vida maluca.

domingo, 12 de setembro de 2010

vai

A tarde com o silêncio da luz do sol que parte,
desinteressante sentado na cadeira,
pensamento vago.

Um sabiá canta.
um carro passa.

o quarto fica mais escuro,
frio e vazio.

Tudo e nada.
mente vazia.

Tarde de domingo.

sábado, 11 de setembro de 2010

A semente

Uma semente

Enquanto caminhava sem pressa olhava para o chão e nessas varreduras encontrei uma semente.
Isso uma semente, parecia pintada de preto e vermelho ou de vermelho e preto tanto faz. Uma semente rubro negra, mas de que planta será essa semente? Minha mente viajou e não encontrou nenhuma lembrança de algo semelhante. Encarei aquela semente e esta parecia me encarar. Fiquei encantado e ao mesmo tempo curioso. De onde veio? pertence a que planta? bem pelo tamanho parece ser de uma árvore. Puz na palma da mão e fiquei hipnotizado. Se eu plantar ela nasce?
Coloquei-a no bolso da muchila e fui embora para a taxonomia. Ah! desculpem essa curiosidade surgiu por que sou botânico, risos. Talvez não aquela semente chamaria atenção até o mais insensíveis dos homens. Será não sei. Quanto chegue ao laboratório minha mente tinha esquecido aquela vida latente. Tempos depois mexendo na minha muchila encontrei-a e ainda tinha aquela dúvida. Fui na estante do Marcelo, meu colega de moradia, sobre plantas do Cerrado Paulista folhiei e várias páginas até que achei na página 207. Semente da espécie Ormosia Arborea da família Leguminosae, vulgamente conhecida como olho de cabra.
Decifei-a sobre a visão taxonomica, mas quimicamente de que é constituída, se plantar ela nasce?
Ai já é outra história.

Pais

Quando papai fala, todo mundo cala.
Quando mamãe fala, todo mundo cala.
Quem fala mais?
Não sei, são tão humildes e modestos.

Quem sou.

Quem eu sou?

Meu passado ficou para trás, atrás da serra onde o sol se põe.
Está adormecido, talvez escondido, mas seu reflexo reluz em mim.
Sim quando eu falo e quando calo.
Porque nunca deixei de ser eu.
Eu carrego minha cultura, minhas raiz em mim,
vinte anos só de interior,
vinte anos no interior,
assim me constituí,
aprendi com o silêncio das plantas a calar,
não aprendi a comunicar,
só sei falar o que vem a mim língua,
falo, metade do que falo pode se escorrer pelo ralo,
não se aproveita nada,
aprendi com a brida da tarde que me fala e não diz nada,
mas balança os ramos das árvores,
faz o catavento girar sem parar.
Quanta coisa me constitui, quantos mundos, palavras, culturas.
O que cabe em minha mente?
Não sei, mas sei que o que tem nela me constitui.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

apego

Que loucura o que pensam sobre vencer na vida.

Passar no vestibular,
fazer faculdade, pós-graduação,
conseguir um emprego e ganhar muito dinheiro.

que sentido faz isso?

como aprendemos e nos tornamos viciados no capital?

Água

Água

Água que bebo,
sinto escorrer garganta a baixo,
sinto refrigerar o calor,
da minha carne,
dos meus nervos,
sinto esmorecer minha digestão.

Água que consumo
aos poucos me constitui,

escorre em minhas veias,
purifica meu sangue,
queima e me dar energia,

água que é transpirada,
respirada, exalada de mim.

Sem ti como viver,
sem ti irei morrer.

Água não tem cabelo,
escoa entre as mãos,
é escura, fria e profunda,
salobra.

água é vida.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Céu azul

O céu azul,
abriga nuvens brancas,
desfiadas como algodão e
aves que planam.

O céu azul,
claro com um sol de brilho intenso,

de vento escasso,

o dia claro
reflete o verde viçoso das folhas,
as cores das flores,
as paredes cobertas de musgos.

o céu azul,
no dia de sol.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

chuva na tarde

Que tarde chuvosa,
que barulho das gotas caindo,
dos pássaros cantando,
pardais, sanhaçus e sabiás.

Ouço a bbc que toca
uma melodia, maravilhosa.

Tarde chuvosa!

preguiçosa!

dar vontade de deitar,
dormir...

Eu me lembro,
de em 2001 está no RN,
em São João do Sabuji,

fazia tanto calor naquele sertão,
todo mundo se preparava para o desfile,

Rubens, Anderson e Tamar.

chuva de primavera

A chuva cai molhando e desfazendo a poeira,
gota a gota molha a telha, a rua e vai lavando,
as árvores e vem trazendo força para a floração.

A chuva anuncia a chegada de uma nova estação,
sem muito sol, muita luz ou muita canseira.

É logo mais a a primavera vai chegando,
pra fazer o mundo mais belo,
colorido...
Bem que as aves avisaram hoje cedo,
também as árvores já demonstravam isso,
trocaram as folhas,
verdes empoeiradas,
agora lavadas,

pela chuva

feriado 2

O sol não apareceu, pois as nuvens vieram e cairão,
gota a gota, umedeceram e amenizaram o clima.

Feliz cantaram o sabiá, o roxinó, a cambacica e o sanhaçu.
O cachorro da casa, Estrela, late como quem canta, pausadamente, ruge.

O dia sete de setembro é um dia de feriado que me faz bem.

Hoje duplamente bem.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

é

Quantas palavras usarei para fazer algo, mágico, encantador surgir?
Que texto escreverei?
Não sei!
Até lá vou vivendo, matutando, maturando uma ideia, outra e nessa indecisão.
Não chego lá.
sei lá.

À tarde

Estava impaciente, pois passara o dia todo enfurnado em meu quarto. O sol brilhou o dia todo, mas não foi um dia quente. Essa impaciência me faz pegar a bike e sair pra ver o mundo, a tarde.
Sai bem devagar e fui andando vendo as casas, as ruas, cruzando os bairros. Assim consegui me livrar do incomodo. Passei por praças, e perto da fazenda onde contemplei o por do sol ao sabor dulcíssimo de amoras. Minha língua chegou a ficar roxa. Hum que doce tarde. Bem logo começou a ventar um vento frio e ficou nublado.
Assim foi o fim do dia.


A tarde veio e se foi,
a tarde veio vermelha,
depois ficou azul,
azul marinho,
e então as estrelas apareceram.
a tarde se foi,
fria e solitária,


Música

Música divina Música,
tu que me seduz,
me leva pra viajar,
nas asas da imaginação.

Paro, respiro e vivo.

Música,

tu que resististes ao tempo,
permanece, linda e encantadora,
não perdes o encanto.

Ah, quem te concebeu já partiu,
e tu permanece eterna,
encantando, amortizando,
a vida e seus percalços,
mostrando melhores caminhos,
a serem seguidos,
tua beleza.

Oh Música divina música.

Quanto ouço a ti,

fico encantado, enamorado e acabo por esquecer quem sou,
ou o que sou, pois sedes tão universal,
tão minha, tão democrática...

nona sinfonia de Beethoven.

feriado

Casa vazia,

Manhã leve em que a luz entra entre as frestas da janela,

Faz um friozinho gostoso.

A rua vazia exala silêncio,

As crianças e os cães dormem.

O silêncio,

A casa.

Apenas um rádio trás notícias das cidades grandes.

Silêncio,

Preguiça.

O que vou fazer,

Penso, não sei,

Enquanto isso vou matando o tempo,

Só, ao sabor da luz e do frio da manhã indecisa.

domingo, 5 de setembro de 2010

vela

O que eu quero?
Não me sentir só.
Quando?
por toda a vida.
É possível?
Não sei.

Vivo e viver é um drama.
acordo todos os dias errante como um barco a vela
levado para todo lugar e para nenhum lugar ao mesmo tempo.

sábado, 4 de setembro de 2010

sonhos ao vento

Agora que o vento levou o meu olhar,
fico ditado a sonhar,
sonhar com toda a viagem,
por onde passei,
com quem conversei,
as coisas que marquei,
o engraçado que me sinto só,
nessa viagem que é a vida,
nascemos e morreremos só,

os mundos que construímos só nossos.

as verdades que assumimos nem sempre são verdades.

em que devemos acreditar?

Não sabemos porque consumimos os sonhos alheios.

Quando acordar espero que o vento tenha voltado.

Eu me acostumo a vida.



Todos os dias quando acordo renasço, revivo e volto ao que fui ontem, anteontem.
E assim a vida vai me construindo todos os dias que um a um vão engessando uma personalidade.
Todos os dias aparecem novos desafios, nossas formas de aprender e ver o mundo.
Os dias passam sem parar, independente de mim, mesmo que me isole, me esconda ele passa.
Não cansei de lutar, pois há algo em mim que não se cansa, algumas vezes no entanto, quando estou extremamente cansado eu oro, preciso de fé, de convicção.
A vida mais parece uma batalha trágica, pois quando mais me recuso a lutar, menos vida tenho.
Eu amo a vida, mas me custa muito cansaço, estresse, amor e paixão. Tudo disso disponho para não perecer antes do tempo. Apego-me cada dia a uma coisa diferente, uma loucura diferente quem sabe. Sei que não é fácil, mas tenho que me apaixonar todos os dias pela vida. Como uma música que toca, toca sem parar a qual tenho que apreciar todas as vezes como se fosse a primeira vez.
Sentimentos como saudades, me ajudam a permanecer nos trilhos, quando estou me esquecendo, a saudade relembra. A vida é difícil e ao mesmo tem um sabor de mel. A vida nos embriaga, tira de nos todos os desejos e por fim nos entrega a morte a eternidade.
Todos os dias acordo para a vida.

O sol

O sol nasce pleno,
belo e atinge cada ponto descoberto do mundo.
E vai viajando no espaço.
Assim também viaja a terra girando em torno de si.
Gira mundo entorno do sol.
Oh sol dono da luz,
dono da vida.
A vida pulsa em cada um,
não é qualquer coisa.
A vida é um milagre alimentado pela nave mãe,
o sol.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

origem

Nem tudo que vejo entendo,
nem tudo que toco tenho noção do que seja,
nem tudo é.
Nem tudo que penso faz sentido.
Nem sempre me expresso,
simplesmente sou.
Esse corpo orgânico, humano que pode tudo e nada.
Mas preciso compreende que sem saber do simples,
não saberei nada e se souber do simples,
posso alcançar muita coisas.
um sentido para a vida.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

verdade

Poucas verdades são ditas, as verdades incomodam, por isso ficam omissas, nos olhares, nos gestos.
A verdade incomoda como catinga de suvaco de amigo, que insistimos e silenciarmos por amizade.
Quem sabe quando se pode falar a verdade?
Nem se sabe o que é verdade, pois o que vale é quem melhor traqueja o discurso.

verão

Já é tarde, o meio dia passou, o almoço foi gostoso, mas agora ai.
que calor,
que sol forte,
que sono.
um cochilo ia bem, mas onde?
dormir não posso,
só me resta
tomar um chá e acordar.
e voltar a vida.

Ai que canseira que me dar nesse verão.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Parieiro

Seixos de pedra vermelha, solo argiloso, troncos caraquentos e cinzas dos cajueiros. Os cupins de barro, caminhos fechados pelas unhas de gatos. A alma de gato. O calor o solo molhado, coberto de grama, vem por outra uma coral. O cheiro da flor.
O gado, o pasto a vida.
Minha infância.

domingo, 29 de agosto de 2010

Meu quarto

Estou na casa de minha irmã, não é exatamente uma casa é um apartamento, muito bem organizado. Morei aqui por um ano tem uma vista agradável que dar para vilas de casa de gente muito humilde e simples. Fica bem próximo a Belmira Marinho. Bem aqui desta janela de meu quarto onde tanto olhei para o tempo, para as casas, para o movimento e nunca consegui descrever o que sentia. Bem aqui de minha cama tanto pensei, tanto li, tanto refleti, parte de mim está aqui, nos dias de sol, nos dias de chuva, de dia e de noite estive aqui. Quantas sensações senti aqui? Diversas, desesperos, medos, anciedades. Eu senti frio, senti a dor de ouvir falar que minha querida e amada vô morrera, lembro que fiquei o fim da tarde ouvindo música no escuro. Foi daqui que saltei de alegria quando passei na seleção de doutorado. Agora o que sinto neste instante não sei.
Ouço Bach e a panela de pressão e os carros, nem vejo o tempo passar, aliás já são quase meio dia.
Continuo sem saber descrever o que sinto, sei que agoras estou feliz.

Cemitério

Uma coisa que me encanta é uma pessoa que sabe contar uma boa história. Já andei um pelos mais diversos lugares no Brasil, já vi diversas pessoas boa de histórias. Confesso que uma pessoa que mais chamou atenção até hoje foi um guia, talvez tenha sido o único, mas não foi tiveram outros. Certa vez, estava eu em Buenos Aires sem ter muito o que fazer, entediado, doido para vir embora para o Brasil, faltavam três dias para meu voo de volta. Então resolvi sair um pouco para desparecer e enfim conhecer mais aquela cidade com arquitetura tão diferente a que conheço. Eu tinha em mente ver uma flor gigante que tem ao lado da Faculdade de direito, no Bairro Ricoleta. Bem um dia antes tinha ido ao zoológico com duas amigas, mas estas queriam fazer um cititur, um passei que se faz num ônibus adaptado, então decidi sair só. E ver a bela flor, sai do hostel, peguei o metro ou subter como eles chamam lá, então desci na plaza Itália e então peguei um ônibus e cheguei ao tal lugar, achei muito bonitas aquelas praças tirei inúmeras praças. Então chequei a uma feirinha bonita, mais como vida de estudante não é fácil e o dinheiro é curto só passei vendo aquelas coisas e achando o preço salgado, tinha ido a um congresso e não fazer turismo, no final da feira eis que dou de cara com um cemitério, lembrei que um amigo tinha me falado que nos cemitérios tem muita escultura segui em frente, entrei achei aquilo muito diferente, pois as tumbas pareciam malsoléus, diferentes dos cemitérios que conhecia no Brasil, e fui andando, quando olhei por uma portinhola e vi caixões grandes, velhos um, dois, três, vários, não aquilo me deu um mau está, mas segui, vendo muitas obras, mas muitos caixões e pensei vida breve. Então vi um grupo entre eles um guia. Neste dia fazia muito frio uns nove graus, o dia estava nublado. Então vi aquele home simples, idoso aparentava ter entre 65 e 70 anos nos. Falava com uma segurança e propriedade de quem conhecia tudo ali. Aquelas ruas cinzas, desprovida de planta de cores,, apenas marmores, lapides. Ele apresentava uma a uma e as tumbas e num instante, aquele lugar ermo, triste, sem vida, criou uma grandiosidade uma glória, uma potência... Estava alí as pessoas que tanto lutaram por ideais, condições e com força e suor humano ergueram uma sociedade mais forte, progressista. Ele apresentava cada uma das que ele achava mais importante com uma graça, uma intimidade que arrancava a atenção até de adolescentes. Fiquei encantado com tamanha facilidade de atrair a atenção, eram tantas as histórias que aquele cemitério encerrava em suas portas. Quantas pessoas aquele cemitério consumira ou abrigava. Sem aquele senhor, aquele monte de concreto e esqueletos não seriam nada. Muitas vezes ele quer dizer alguma coisa, mas para aqueles que conhecem, mas eu que nunca estivera alí, aquele cemitério só conseguira arrancar de mim um pavor, um medo, então quando passei a ouvir, mesmo em espanhol as histórias, os cadaveres e as tumbas ganharam vida, importância. E o senhor declamava Jorge Luiz Borges, e falava de Evita Peron, Che Guevara, os que m e lembro e conhecia, explicou as obras de arte as pessoas. Ufa! que riqueza de cultura. Então encerrou o tur em frente a saida explicou todos os símbolos que estava na saída.
Lógico que ganhou uma salva de palmas. Mesmo sem dentes ou boa feição, sequer belas roupas, aquele senhor prendeu a atenção de muita gente. Depois do tur agora indico a quem for a Buenos Aires a conhecer o Cenitério da Ricoleta e conheça o senhor que conta sua história. Finalmente ele falou que quando voltassemos lá, ele estaria presente nas 4 mil e tantas tumbas, presente mesmo que em espírito.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

mundo

Vejo o mundo,
sinto seu cheiro,
vivo no mundo,
de sol e de lua,
com ou sem rua.

Me vou e o mundo fica.
me consome.

Há limites















Onde posso ir?
Posso viajar por todo mundo, ir as terras mais distantes e conhecer as mais diferentes culturas.
Posso aprender tudo que estiver ao meu alcance, tudo que me interessar.
Posso querer fazer tudo que no instante me está acessível.
Posso modificar minha forma de ver o mundo, absorver tudo ao meu redor, mas também posso transbordar o que ha dentro de mim e mudar tudo ao meu redor.
Eu sofro e exerço influência no que me circunda.
Sentado posso fazer tudo que minha mente permite fazer, ou seja numa onda de faz de conta, posso fazer tudo ou executar tudo.
Quais são os meus limites? aqueles que os imponho.
Posso tornar-me mais interessante, sim talvez, mas preciso com certeza solver e filtrar o que há no mundo fora de mim.
Essa troca entre o eu interno e o mundo externo que me dar matérias para me constituir e constituir o mundo.
Existo, penso, reajo e avalio o quanto posso.
o infinito é o limite.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

pós-alomoço

Dia ensolarado e quente, o corpo sente uma fadiga, uma vontade de dormir. O Tempo ocioso me impede até de pensar. Impaciente com o relógio que parece que colou os ponteiros.
Vou pra fora, tomo água, tomo chá. Nada do tempo passar. Troco uma ideia, duas, três e a tarde continua. Implacável e dura a tarde me maltrata, faz sumir todas minhas ideias, meus pensamentos fogem como o cão da cruz. E esse dia tão precioso parece não querer passar, mas passa.

domingo, 22 de agosto de 2010

Sabiá

Como o sabiá canta,
canta de manhã cedo,
canta de manhã,
canta a tarde,
canta no crepúsculo.

Como o sabiá canta,
em sua breve existência,
canta!

Amanhã sabe lá o que vai acontecer,
por isso canta.

Cuida para que tudo der certo em sua vida,
canta.

Cuida para que não tenhas inimigos,
cuida para não despertar inveja.

Seja como o sabiá
que canta pra ter a natureza mais bela.

mais amenos seus dias.

canta, pois a poesia,

é o mais sábio dos discursos.

Existência

Tudo começa com um choro ingênuo de criança após ser expulsa do ventre materno. Lágrimas, sangue e dor e a vida é apresentada ao mundo que agride esse ser que nada conhece. A luz irrita seus olhos e sua pele. O ar que tem que tem que aprender a inspirar. E assim a vida entra em contato com a dor. Viver é sofrer. Ao mesmo tantas coisas nos são apresentadas no mundo.
A dor é a principal delas que irá lhes marcar por toda sua existência, sempre presente. Nós acabamos nos acostumando, porque estamos sempre sofrendo, perdendo de nossa existência. Podemos recomeçar sempre, partir de onde paramos ou simplesmente começar. Sempre. A existência é uma dádiva, algo tão tênue e precioso, no entanto nem sempre percebemos isso e achamos que a vida é um drama, na verdade a vida é uma tragédia eminente. A qualquer momento não seremos mais, já fomos, até parece uma longa viagem, sem porto, parada enquanto se existe. Os instantes passam, escoam-se como líquido sobre mármore.

Gostaria de carregar esse texto de tudo que sinto, mas não conseguiria expressar meus sentimentos.

Só sei que quando paro e penso na vida... eu tenho medo, pois a vida é algo tão maravilhoso, precioso, mas que não está em nosso domínio o quanto de tempo a teremos.
Não somos como as pedras que tem sua existência prolongada pela matéria que a constitui. Não somo como os gases onipresente, não somos como as estrelas que pulsam e dispersam sua luz por toda a galáxia.
Somos seres humanos, humos, somos capazes de tudo, de ação, invenção, inovação das coisas mais belas e das coisas mais horríveis. Podemos fazer tudo. Desde que tenhamos a sorte de ter uma luz que nos guie.
E por fim o corpo se cala sem inspiração, esfria, apodrece só sobra a obra ou sua existência sem expressão, sua inexitência.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Esponja

Digerir o que se come e o que se bebe.
Digerir o que se ler o que se ver.
Assimilar tudo, fazer do externo o interno.

constituir o mundo externo dentro de ti.

pluma ao vento

Um fruto plumado
que desgarrou da árvore mãe,
foi levado ao vento,
para longe muito longe.

Caiu em terra fértil
e logo germinou,
uma nova planta formou.

Um fruto plumado
que desgarrou da árvore mãe,
não se agarrou ao vento
e nos pés de sua mãe
germinou logo uma nova planta formo

vida vida

Meus olhos tingidos de vermelho,
meu rosto pálido de olheiras,
minha pele seca.

Doí a garganta seca,
a cabeça pesa,
o sono que desejo dormir,
aguarda por algo.

Certas noites acordo preocupado,
certos dias me deixam tão insatisfeito
que tenho que driblar a realidade,
e me enveredar pela literatura para
suportar a vida.

Dói a garganta,
e o que fazer para confortar
o desconforto?

Doi minha coluna,
arqueada,
se me movo estalam os ossos.

se fecho os olhos sinto o incomodo
da cabeça que parece oca.

Entre uma frase e outra o desespero humano.

A noite silenciosa e vazia tem a lua como companheira.

ouço Bach,

sinto muito cansaço de tudo,

sinto saudades de casa paterna,
onde podia fugir da vida,
para o mato,
para o campo,
cheirar uma flor,
uma folha macerada.

A vida parecia perfeita,
e os sonhos grandes.

enfim
vou dormir,

quem me compreende mais que eu?

Talvez ninguém,
talvez aprenda com o outro a me conhecer,
quero como uma esponja me encher de vida.

som

A vida é uma linha tênue entre a existência orgânica e inorgânica.
Quão graças podemos fazer vivos, incontáveis, inimagináveis.
A nossa existência é uma dádiva do acaso.
Podemos fazer de nossa existência um pouco da eternidade.
Criando, pensando, imaginando e idealizando.
Fico maravilhado diante das belezas construídas pela mente humana,
porém fico triste diante das atrocidades que podem ser feita pela mesma raça.

Uma ameba pulsa pela sua vida breve.
Seres humanos se suicidam, se matam tem sede por matéria.
Estamos distantes da perfeição, muitos já morreram,
muitos morreram por um sonho, muitos passaram por cima desse sonho.

Estamos aqui a quanto tempo? não muito, mas será que permaneceremos aqui por muito tempo ainda?

A sexta, passa.

O sol se vai,
na tarde de sexta-feira,
e aos poucos vai se apagando
a cor de brasa do crepúsculo.

A noite vem,
nova e aos poucos esfria,
uma, duas, três e várias estrelas brilham.

O breu da noite é quebrado,
pela lua nova,
se faz sombra noturna,
das árvores no solo.
Enfim a noite passa,
o dia chega...
a vida passa,
tudo passa.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

paciencia.

Começar e tentar fazer tudo certo é assim que funciona.
Uma coisa de casa vez.

falar

Cheguei ao Brasil, como e gostoso ouvir todo mundo falando a lingua que eu entendo!
Como é bom falar e ser comprendido!

domingo, 15 de agosto de 2010

Sabado.

Ontem sabado 14/08/2010. Foi um dia muito longo e cansativo, porem maravilhoso.
Acordei mais tarde as 8h, tomei o cafe, em seguida o banho. A previsao do radio que estava fazendo 3 graus com sensacao termica de 1 grau. O dia estava muito bonito, fazia sol, mas ventava bastante. Sai do hostel e fui para a estacao sub na rua 9 de julho na estacao independencia. tomei e em seguida cambiei uma estacao para ir para a limha verde D, onde tomei o sub e desci na praca Plaza Italia que fica em frente ao zoologico. Onde gastei quase toda a tarde vendo os animais. O primeiro que vi foi um roedor com patas de pato, o segundo os ursos, leoes, elefantes, tigre, quanapo, cervo da india, jacare, jirafa, resus, araras, suricato, girafa, jegue, vaca, hipopotamo, bebuino, pavao. Em seguida fui almocar. E ver algumas lojas. No fim da tarde fui ao Jardim Botanico, onde pude apreciar muitas maravilhosas estatuas. A noite fui com uns amigos comer uma pizza na rua Chile. O tempo voa.
Ate logo

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Buenos 2

Estou em Buenos Aires por tres dias e a cidade me agrada muito.

Ontem a noite passei pela rua Florida, centro, vi muitas coisas belas, logas com muita coisas bonitas e o que mais me chamou atencao foi a quantidade de livrarias, acho que tem uma a cada 100 metros.
Ontem Visitei o herbario do INTA que fica em Moron muito longe daqui. La pude ver varias Tephrosias. Na volta fui direto para o hotel que a Jacira esta hospedada. Tive que vir de la para ca caminhando, entao peguei a rua paraguai, em seguida a rua Florida, onde entrei numas 10 livrarias. Parei para almocar em um shoop onde encontrei um casal uma brasileira e um espanhol. Segui em frente e cheghuei bem em casa.
Hoje fui para o congresso, exprus meu banner e passei o dia vendo palestras. Choveu a noite por isso cheguei mais tarde em casa.
Vou dormir.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Buenos Aires

Cheguei ontem, domingo 08 de agosto, em Buenos Aires vim direto para o hostel que è um lugar muito colorido, cheio de detalhes como frases nas paredes, pinturas nas portas. Estou intalado no quato nùmero 108 junto com um sulafricano e um alemao. Comunico-me em inglês. O quarto que estou tem quatro camas, tem intantes que fica muito quente, ma fora do hostel faz muito frio. Gostei das ràdios tudo em espanhol.
Uma coisa me surprendeu ontem, quando buscava o local do evento o gurda foi extremamente educado, bateu atè continência.
A cidade è muito bonita.

sábado, 7 de agosto de 2010

animo

Logo que me disponho a fazer algo me sinto bem, mas não o fiz ainda hoje, sendo assim um dia, vazio, frio e triste.
A casa parece grande e com seus átrios vazios tendo como presente só a mim que não tem ideia do que fazer para passar o tempo. Hoje é sábado o que é que há. Vou fazer algo, mas ânimo não me aparece.
Fico triste ao me sentir só e o que tenho pra fazer?
Muitas coisas podes achar, mas não tenho costume de ficar só nos sábados, sempre tenho a Ana com quem compartilhar uma conversa, um lanche e enfim não me sentir só. O costume nos faz sofrer quando algo falta.
Passarei então a pensar algo pra matar o tempo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ser feliz

Ir para longe das coisas que a ti são de costumes, quebre a rotina. Abandonar tudo que for velho e encarar o novo. Aceitar o desafio que a vida nos dá a cada dia, sobreviver e aprender, pois cada um dia que vivemos, pode ser o último. Aceitar essa realidade, muitas vezes, o fazes viver melhor, pois a partir desta poderemos conhecer e viver muitas coisas novas tais como lugares, pessoas, línguas, culturas, paisagens e hábitos tendo assim novas formas de viver e ver o mundo. É importante se isolar, desconstruir tudo que construiu e esvaziar a cabeça, quando tiver tudo absolutamente vazio será a hora de se reconstruir em novo ser, metamorfosea-se parte por parte. Aprendendo só com o mundo a amar e valorizar a vida. Aprender que muitas vezes o mais importante na vida é se manter vivo e aprender a ser feliz com o que se tem. Muitas vezes não percebemos o quantos somos sortudos, pois a vida é uma eterna competição, adequação e adaptação ao externo. Portanto paremos para perceber que temos um corpo e uma mente brilhante, mas que não aprendemos a dominar, não nos apropriamos para fazer uso destes. Passamos a vida reclamando. Se não mudarmos, não seremos feliz enquanto não aceitarmos nosso estado atual, de condição humana, e enquanto não passarmos por cima das dificuldades que vem a nossa frente. Não aprendemos a pensar, refletir, orar e viver. Aprendermos a crescer e para isso é tão simples só precisamos conhecermos a nós mesmos, aceitarmos nossas fraquezas, mas por cima de tudo sempre buscar dar a volta por cima e construir algo que nos faz feliz. Nascemos para a felicidade, porém aprender a ser feliz custa caro, pois requer muito tempo e desejo de viver. As fontes para isso são orações, convicções e paz.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Hoje


Hoje tive a felicidade tive a felicidade de acordar,
ver o sol nascer,
sentir a brisa fria,
ver as cores,
ver as flores.

hoje tive a felicidade de ver crianças brincar,
homens a trabalhar.

Hoje tive a felicidade de almoçar com os amigos,
conversar sorrir.
ver do dia passar,
a noite chegar.

Hoje tive oportunidade de ler, me informar.

hoje tive oportunidade de viver.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

R. Preto

Meu bem, tu vais, mais sejas como a lua,
que sempre volta,
com sua mesma face
e que essa face sempre me diga,
eu te amo.
como a lua nasce sempre grande e bela no horizonte,
que tu sempre desponte,
com um sorriso pra mim.

Podes ir, não vás tão longe,
do meu horizonte,
quando amanhecer,
lembre que estou no mesmo lugar,
sempre,
só,
eu e o mundo,
o mundo e eu.
voce dormindo,
o mundo,
vasto, amplo,
tão meu e seu.

partiu

Partiu para o além,
partiu para longe,
não deixou alma,
não deixou cor,
partiu.

Amanhã quando o sol nascer,
já não mais,
um sorriso,
um gesto,

já não mais.

verá o sol.

flor

Uma flor,
quando a flor for fecundada,
perderá a cor,
o viço e o odor,
quando a flor for fecundada,
não será mais flor,
se tranformará em fruto,
quando a flor,
já não for mais flor,
será fruto.

Quando o fruto estiver maduro,
toma o rumo do tempo,
segue ao vento,
e encontrando o chão fecundo,
renasce, revive e
novamente,
nasce uma flor

terça-feira, 3 de agosto de 2010

razão

Onde eu me encontro?
Não sou onipresente, sou fisicamente real, portanto estou sempre no mesmo lagar e tempo. O máximo que pode acontecer é fugir de um lugar para o outro, mas só em meu pensamento.


Sinto na brisa do tempo,
na luz do sol,
no cheiro das coisas,
minha materialidade.

Consigo distinguir as coisas,
que me cercam,
que construo,
que imagino,
pela minha espiritualidade,

Sou matéria e espírito,
sou ser vivo,
e a vida pulsa em mim,
me segue por todos os dias
que me forem concebidos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Livros

Livros sobre a escrivaninha,
livros empilhados,
livros coloridos, encapados.

Livros um tesouro inestimável.

Sentar, ler e refletir
sobre a vida,
o saber,
experiência,
e tudo que me faz melhor.

Reflexão


Todos os dias quando acordo. O primeiro pensamento que me vem a mente é aquele que indaga se estou fazendo a coisa certa ou se a vida está valendo a pena. No entanto nunca paro para refletir, simplesmente como um raio, clareia, mas logo escurece. Confesso que esses pensamentos me atormentam e incomodam muito, pois tenho medo que as coisas não saiam como eu planejo. Mas eu nunca planejo, as coisas acontecem para mim. Até quando? sinceramente não sei o quanto vai ocorrer tudo bem. E isso me assusta. Contar com o acaso é temeroso.
Acho que é hora para parar e pensar.
E só assim poderei avaliar se devo seguir em frente ou buscar um novo caminho.

domingo, 1 de agosto de 2010

Vida

A vida é uma linha tênue da existência em que podemos exercer ação.
É importante pensar o que buscamos na vida. Realmente muitas vezes não sabemos o que buscamos porque não sabemos pensar. Pensar é um verbo muito pleno, com vários significados dependendo do contexto. Porém pensar a vida é refletir a existência.

Morte

Eis aquele respirava, não respira mais.
Aquele que falava, calou.
Não mais sorri, expressa, perdeu sua autonomia,
Agora dorme um sono infinito.
perdeu sua alma,
o que resta é apenas um corpo frio,
que em pouco tempo se desintegrará.
A quantos não serviu,
respondeu, trabalho e construiu?
Quantas vezes acordou, pensou e sonhou.
Quanta coisa projetou.
Agora partiu.
Seu espírito desmaterializou.
A vida seguirá em frente,
mas este que vês partiu sem se despedir.

Só restarão lembranças,
boas.

Será docemente apagado pelo tempo,
partiu para o infinito de onde veio.

Planets

Ouvir Gustav Holst me lembra cultura fm SP, que me faz lembrar a cidade de São Paulo. Suas ruas, seu clima, sua dinâmica, suas estações e suas melhores coisas.
Ouvir sua obra me faz viajar no espaço, no tempo e deixa sonhando acordado.
Ouvi-lo é causa de grande paz.
Estou aprendendo a amar sobre qualquer coisa a música.
Cheia de beleza atemporal.

Passa


O tempo passa.
Somos caravelas no mar,
que seguindo sempre em frente,
empuxado pelo vento,
Não temos muitas escolhas,
não sabemos onde pararemos,
nem onde iremos.
Só seguimos o tempo.
Sabemos de onde viemos,
onde estamos, mas para onde iremos,
nem imaginamos,
o que irá acontecer,
contamos apenas com o acaso.
Na maioria das vezes nossas lembranças
são apagadas senão registramos,
como não temos muito o hábito de registrar,
vemos o tempo passar ocioso bem em nossa frente,
e ele passa...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Viagem pantanal do Araguaia

Uma viagem ao interior do Mato Grosso!
Uma deliciosa viagem ao Parque Estadual Novo Santo Antônio.
Um lugar lindo cortado pelo rio das Morte, um rio cheio de piranhas, peixes, jacarés e histórias.
Foram oito dias, destes quatro dentro de ônibus e nas rodoviárias.
Primeiro dia sai na quinta-feira dia 23 de julho da rodoviária de Campinas com destino a Barra do Garças quando cheguei no dia seguinte. Ao chegar em Barra tomei uma van para Nova Xavantina onde dormi e fiquei o dia de sábado. Domingo muito cedo tomei uma carona até meu destino final.
Nesse trajeto tinha muita poeira, desmatamento e gente humilde e bonita. Almoçamos em Ribeirão Cascalheira e chegamos a Novo Santo Antônio pelas três da tarde. Fomos ao parque lindo. Sem eletricidade a sede fica a menos de 300m do rio onde meus colegas pescaram algumas pinranhas. No dia seguinte finalmente fui coletar e para minha surpresa encontrei nos campos de murundus populações enormes de Tephrosia nitens. coletei muitas e tirei muitas fotos. Terça feira fui pra campo e decidi retornar.
Na mesma tarde voltei para a cidade onde fiquei num hotel simples, mas de janta tinha peixe frito e cozido comi bastante. Bem dormi muito pouco visto que o ônibus partia de lá as quatro da madrugada. Tomei o ônibus ainda escuro. Estrada ruim, muita poeira, mas muita gente simpática. Cheiguei em Ribeirão cascalheira as 9:20 e tive que aguardar até as quatro horas. Tomei dois banhos, no segundo casou-me espanto a maneira como a mãe brigava com o filho, mandando o filho ir tomar no... casou-me tristeza... ignorância. O tempo se arrastou, mas passou e as quatro tomei o onibus para Goiânia quando cheguei as cinco horas. Onde tive que esperar até as oito da manhã. Por fim cheguei a Campinas as 9:30 acabara minha aventura.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

O almoço


O almoço

Moço por favor.
Trás uma coca, de garrafinha.

E voces o que vão querer?

Bem conversas paralelas na mesa.

Fiquei na ponta.

Não tem como sentar perto, pois é voce ficou longe.

Calado.

Vamos lá nos servir.

Nossa quanta comida que delícia.

Enquanto comemos vemos tv, ou falamos trivialidades.

A sobremesa é o melhor.

Pena enchi demais.

Acho que é a comida que ta muito salgada.

Mas ta uma delícia.


Parabéns professora.


Pode deixar que eu pago!

Magina.

Pegue!

Muito obrigado.

o café

Um café alimenta minha alma,
seu aroma, seu calor e sua cor.

Um café bem quente,
por favor, para meus amigos.

Pra mim pode ser um sorvete de café.

Nesse país tropical,
nesse país rural,

descendentes de café com leite,
português, negro e índio.

Um café arabe,
uma rede indigina,
um bom sarapaté.

e depois um bom café,
mais bem quente.

identidade

O que eu sou afinal?
Eu no transcorrer da minha vida venho buscando uma identidade. Não é que eu tenha perdido não tenho mesmo e tudo que sou, tudo que tenho não me pertence porque ainda não sou.
Busco sedento por uma idéia que ilumine a minha mente aquela idéia que encha minha vida de felicidade.
Já sai de casa faz um bom tempo. Conheci lugares, pessoas e culturas, mas pouco me identifiquei com tais coisas. Cada vez que vou para um novo lugar, me vejo mais próximo de onde eu sai, mais parecido com o que vivi.
Eu ando errante, sob o sol em busca de sombra, em busca de água pra matar minha sede e de comida pra matar minha fome. Necessidades que para mim refletem na necessidade do saber. Viver neste mundo cheio de conceitos, de informações, de seres humanos as vezes me cansa. Não estou querendo negar minha origem como ser, mas num mundo tão irracional, competitivo as vezes sinto que vou ser extinto.
Acho que talvez não encontre uma identidade, mas até lá. Quero ser maior que o mundo em minha volta.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Conselho!

Hoje comentei com Ana sobre minha capacidade parva de escrever e ela simplesmente falou que eu deveria escrever porque gosto e não porque os outros haverão de gostar.
Bem parei para pensar e conclui que ela está certa, devo escrever pra mim, pois quero compreender-me, conhecer a mim mesmo.
Suas palavras trouxeram alívio e felicidade para meu ser.
Sinto-me em paz e dormirei muito bem hoje.

domingo, 18 de julho de 2010

Horizonte

Vejo no horizonte,
a resposta para minha vida,
tenho sede de seguir em frente,
tenho sede de descoberta,
descobertas cada vez mais distante,
quantas vezes me perco,
quantas vezes cruzo o mesmo lugar,
mesmo assim sigo em frente,
porque não sei o que irá acontecer,
não fico estático,
caminho para pensar,
nao penso em parar,
sigo em frente,
em busca do horizonte...

perder

Quantas vezes sinto que estou perdido em minhas atitudes, meu trabalho e na minha existência. Isso muitas vezes me incomodo, pois percebo a vida passar e parece esta passa por mim indiferente.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Passagem

Quando no fio do horizonte surge o sol,
sua luz acende o dia,
essa luz se espalha e ilumina todos os espaços e
a todos os seres.
Aos poucos essa energia pulsa e aquece a matéria.
E o sol caminha lentamente do nascente ao poente,
demarcando o nosso tempo, nossa vida.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh