segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A sombra do amanhã

A noite não há flores,
Não há o canto das aves.
Há o silêncio,
Sapos cantam no molhado,
Grilos cantam enamorados.
E esse sangue que circula em minhas artérias,
E retorna veias coração a dentro.
Célula a célula alimentada.
A massa cinzenta em minha cabeça grande dura,
Essa massa parada, eletrizada,
A decodificar o mundo, a noite...
Sou um ser vivo,
Sedes um ser vivo.
Que respira ao ler,
Que pensa ao ler,
E só ler porque pensa...
A noite as flores são pardas,
Perfumadas por vezes.
O relógio soa mais alto,
As gotas da torneira,
O silêncio que nos atormentam.
O coração a bater,
A pulsar...
Agora tudo está se passando,
O amanhã passará,
E o que acontecerá,
é um segredo que nem podemos esperar.

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