domingo, 20 de março de 2011

Alma

Incrustada em uma carapaça,
circunvoluções, sulcos,
reentrâncias a sede do meu pensar,
mas onde posso encontrar,
onde está a ideia?
uns disseram na pienal,
outros nunca afirmaram,
na verdade ninguém sabe,
onde está, acho que está
sempre a viajar,
mais rápido que a luz,
está em todo lugar,
mas não pode ser detectar
em nenhum lugar,
tu alma, a quem tantos afirmas que há de divina,
quem sabe, onde cabe,
os fisicalistas afirmam que não,
mas os religiosos estes afirmam
a imortalidade da alma,
e encantada no mito,
a alma resiste a razão,
e está em todo lugar,
viajando nos giros,
nas circunvoluções,
perdida na concha to tempo,
esse invento,
aparentemente objetivo,
mas tão subjetivo,
lá está a alma,
na massa cinzenta, de burracha,
nas circunvoluções,
está lá, e ao acabar o ar,
ao se apagar as mitocôndrias,
eis que como a essência,
de difunde no ar,
sem cheirar,
a alma simplesmente inexiste.

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