segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chuva


Hoje tão de distante do sertão,
distante das terras de seixos,
solos solos e plantas nuas, algumas quase em extinsão,

plantas armadas, curvadas as vezes românticas,
algumas parecem candelabros ornando os serrotes,
onde encontramos magotes de bodes.

Saudades do calor ardente,
do canto da cigarra,
do entardecer com suas barras.

Hoje tão distante,
quando vi a chuva cair,
ai lembrei de lá,
lembrei de ver papai correr,
com medo do relampago e do trovão,
lembrei dele falar fulamo morreu de um raio,
o filho de zacarias.
Conheci um professor, Geraldo, cujo avô lá pras bandas de Barbalha morrera de um raio.

Lembrei do meu sertão,
que agradecia a chuva exalando um cheiro gostoso,
gota a gota na bica,
juntava-se formando um cano d'agua, oba amanhã não vou butar água.

A chuva cai, a chuva caia, me trazendo alegria,
me trazendo poesia...

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