terça-feira, 11 de agosto de 2015

Noite

A noite universal oculta as formas e as cores,
Oculta a profundidade e tudo aproxima.
A noite quando a vida se cala,
Bichos de olhos e orelhas grandes,
Saem de suas tocas e vão ao mundo.

A noite é para quem sabe ver no escuro,
Viver sem luz,
Seguindo os instintos e as estrelas,
Uma luz pode ser o fim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Velado

Nossos corpos cansam de viver,
Cansam de ser e de ter,
Nossa vida quem a domina?
Pensamentos?
Vadios pensamentos...
E esta carne quente,
Com o tempo esfria e envelhece,
Enruga, talha...
O tempo tudo nos dar e tudo nos tira...
Essa relação,
Que nos ensina tudo
O bom e o melhor e o mal...

Há um vazio no peito quando não se sabe como expressar.

Susseção

A vida essa metamorfose constante,
De um crescer, de um evoluir,
De um envelhecer, de um revelar,
E quantas leituras são necessárias para entendê-la?
Talvez muitas ou nenhuma...
Ah, a aurora quando desperta,
E Apolo quando chega, tudo revela...
Envelhecer é ver tudo revelado,

Eu, menino matuto que olha além dos garranchos
Das catingueiras e das juremas.
Vejo o tempo passar, como o inverno que passa
E deixa seus rastros na paisagem,
Que perde a cor e a flor...

Dessa vida que passa
Que levo no peito?
Saudades e lembranças que construo
Ao ver a vida passar,
Ontem ouvia Sinhá que já dorme na eternidade,
Seus óculos bifocais e o lento piscar,
Sua memória viva a me ensinar...

domingo, 9 de agosto de 2015

Pais?

Amadurecemos?
Vivemos!
Cada um de nós passa pelas etapas da vida e o que aprendemos com estas?
No geral fazemos o que aprendemos ou aquilo que fazemos de melhor,
Mas nunca sabemos ou saberemos quando estamos no nosso ápice.
Somos soltos neste mundo, todos ficamos órfãos um dia.
E sofremos antes e depois, porque nunca estamos seguros.
Sempre queremos ter alguém a quem abraçar e em quem confiar.
Na  maioria das vezes não abraçamos nossos pais, porque sabemos que eles estão ali,
E quando partem nos fica o vazio...
Então porque não fazer um geste de carinho e amor todos os dias além desta data comercial?
Eis uma grande incógnita.
Acho que até o fim somos crianças que cresceu, mas que não amadureceu...
Talvez a paternidade represente um pouco desse amadurecimento,
Onde acertamos ou erramos?
Quem sabe... 

sábado, 8 de agosto de 2015

Crianças

As crianças divertidas,
Tão fofinhas e cheirosinhas,
Cheias de alegria,
De curiosidade,
De inocência,
Amanhã cuidarão da terra,
Dos seres e de nós,
Estamos educando bem nossos filhos?
Quem não sabe.

Divagar

Quão vasto é o céu,
Nem nossa consciência pode entender,
E parado aqui estou,
Cansado,
A olhar as aves de lata
Partir e chegar,
Ir e vir,
Ancorando,
E se afogando
No profundo céu,
Minha mente cansada,
Minha vista pesada,
Observa presa entre vidros
O vasto cerrado de Brasília,
Ainda tenho clara em minha mente,
Minha pequena casa,
Parece que não sai daqui a quase dois anos,
Tomaria o ônibus para a rodoviária do plano,
De lá para STN
E saudaria em frente o Santa Helena,
Cruzaria as praças
Para adentrar no bloco três do...
O esquecimento me é clareia,
E a humaninade, e o limite humano
As leis da vida me retoma ao poema,
E me perco,
Como os aviões se perdem de vista no ar.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A noite

A noite o mar e a terra não se separam,
Tudo está tão próximo.
Tudo está tão profundo.
A noite tem a textura do vento,
E a suavidade do perfume de uma flor.

Sol, céu e mar

Os dias que passam,
Oculta vida,
Tantas coisas,
Tantos olhares,
Que lindo mar,
Viajar,
Sonhar,
Poetizar,
Poemizar,
Fortaleza...

Quanta beleza,
Quanta pobreza,

E viva o mar.

Fortaleza

O mar,
O horizonte,
O vento,
Hélices a girar,
Ondas a quebrar,
Na praia,
Gente a comerciar
Peixes,
Falas,
Calas...

Aqui é Fortaleza,
Quanta beleza Iracema...

Quanta leveza doce frema.

sábado, 1 de agosto de 2015

Envelhecer

Envelhecemos e muitas vezes não acompanhamos a dinâmica da vida que se renova.
Nos tornamos mais experientes e podemos perceber as sutilezas entremeadas no mundo,
Mas a vida se renova a cada dia e nossos corpos envelhecem,
Somos como qualquer corpo de matéria que envelhece, desgasta,
Todavia carregamos e renovamos a vida no outro no nosso ser.
Percebo um pouco de mim nos meus avós, pais e sobrinhos
E o que carregamos da vida vai além de cultura e de genética,
O amor pelo ser, pela humanidade,
Acho gente tão bonita...
Quando entenderemos que somos animais
Como qualquer outro grupo de animais
E se agimos assim é porque é de nossa natureza...
Nossos conflitos e anseios
Que só a idade pode nos domar
Só assim envelhecendo que entendemos o todo.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Apocalipse

Calipso!(oculto)
Que podemos perceber?
Ver!
Ser!
Eis o estado,
Passageiro,
Um eterno devir,
Ser e não ser,
Velado e desvelado,

O amanhã pode revelar,
A noite pode ocultar...

Que ocultamos em nós?
Nem mesmo sabemos,
Desconhecemos...

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Flor

Flor,
Flor que desabrocha,
Flor é fruto,
Flor que torna-se amor,
E tudo desabrocha,
Encanta,
Embeleza.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Delinear

Enquanto a brisa passa,
E a chuva chove...

Vou lentamente pensando,
Delineando minha existência,
Amanhã,
O amanhã não me pertence...

terça-feira, 28 de julho de 2015

Substância

Meditar,
Pensar,
Conhecer,
Uma música,
Uma frase,
Um poema,
Um objeto,
Um riso,
Roupas,
Transportes,
Comida,
Tecnologia,
Palavras,
Frases...


Uma chave,
Uma pergunta,
Curiosidade,

Que matéria constitui o que penso?

Vai saber.

Tempo complexo

Por que pensamos no tempo?
Se sabemos que nunca o seguraremos!
Pois sempre se vai como o vento,
Como o sol,
Como as águas de um rio,
Como a beleza de uma flor,

O tempo se esvai,
O tempo vira fumo
Sem matéria,

Tempo, tempo, tempo...

To me serves apenas
Para me encher de mundo,
De palavras,
De formas,
De ser
De viver...

Tento odiar o tempo,
Mas sou essência de seu correr,
Porque o tempo sem mim,
Simplesmente não existe,
E sem tempo não tenho referência,
Trajetória,
Existência.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Perceber

Chuva,
A chuva chovendo dia e noite,
Chove, chove, chove,
Pingos,
Vento,
A terra molhada sorrindo,
Á água escoando,
O tempo passando,
E num momento impar
Percebo a chuva chovendo.

domingo, 26 de julho de 2015

Indagar, ser, ser

Existir!
Há alguma escolha em existir?
Existimos,
Não escolhemos onde nascer,
Nossos pais, nossas origens, nosso meio,
Quando nascemos já existe algo que nos concebeu!
Pensamos que pensamos,
Cremos que cremos,
Mas o que pensa ou crer por nós?
O subconsciente ou a alma...
Este corpo,
Esta carne quente que envelhece,
Que se desfazer
Esse calor natimaterno,
Esse respirar intermitente,
E o ser que se faz
Sem saber como e o que fazer.
O que somos?
Qual nosso legado?
Essa trajetória,
Essa viagem que é a vida...

Reprodução

As ondas do mar,
A brisa da manhã,
O despontar da lua,
De uma estrela,
O desabrochar de uma flor,
A incessante busca pelo amor,
O parto, nascimento,
Primeiros passos, palavras,
Essa criação humana,
Num ato de se descobrir,
De vir a ser
De se reproduzir
E morrer,
Dormir na eternidade,
Geração seguida de geração.



sábado, 25 de julho de 2015

Envelhecer

Amanhecer,
Entardecer,
Diversas vezes,
Sob o sol ou sob a chuva,
Sob alegria, sobre a tristeza,
Viver,
Continuar vivendo,
Tudo isso é aprender,
É ter é ser experiência,

Tudo isso é envelhecer,
Ter que seguir mesmo vendo o outro partir,
Ter que seguir quando algo muito forte se rompe,
Um grande amor,
Uma peça de sua vida,

Continuar a viver,
Continuar a ser,

E encontrar novos motivos,

Para rir,

E continuar,

Quem sabe não é uma nova chance da vida?

Deveras temos que aprender a amar,

Porque viver é envelhecer,
É torna-se clássico, não velho...

Ser forte sempre

Até o fim.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Quimera

Uma flor
Que desabrocha,
Botão que vira flor.
Uma flor que se revela,
Perfumada e bela,
Uma flor pequena,
Uma flor singela,
Uma flor não é uma aurora,
Mas é tão bela quanto ela,
Flor efêmera,
Pétalas suaves,
Flor andrógina,
E de repente flor fruto,
A flor vira fruto,
E seus óvulos sementes,
E assim se passa a efemiridade da flor.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Ébrio

Seguir sempre em frente,
Não fumo... encaro tudo,
Não bebo, sou solitário,
Um ébrio pela vida.

Poesia do mundo

O sabor do chá,
Do chocolate,
Do caldo de galinha caipira,
A textura da rosa,
Da pele feminina,
Da frescura menina,
As cores das matas
Que me revelam quem sois oh plantas...

E esse mundo que se revela todo dia,
Que se faz doce poesia.

Poema

Um doce poema Neruda,
Um genial poema Jessié,
Um poema Drummond,
Poema metafísico Pessoa,
Um poeta vivo...
Em quantos tempos conjugamos
Poemizar?
O tempo passado torna raro
E precioso tudo escrito,
Cora doce Cora...


domingo, 19 de julho de 2015

Dia

Diaaaa, linda poesia,
E o sol nascendo
E vai crescendo,
Nuvem frouxa no céu,
E eu e você ai...

sábado, 18 de julho de 2015

Sombra

A noite
Escondeu o dia,
Com sua concha nix,
Hoje é ontem,
A lua,
Estrelas,
Que há em mim do dia que passa?
Alegria,
Tristeza,
Solidão,
Vitória...

Que há por trás do dia,
Que essa noite encobre?

Ah...

Tudo,
Nada,
Quem sabe...

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Busca

A gente se perde,
Fica desnorteado,
Busca um sentido,
E nem sempre encontramos
Por não saber o que buscamos.

Passam as horas,
Passam os dias,
Passam meses,

E essa busca pode consumir a vida.

Afinal o que buscamos?


Uma manhã,
Uma tarde,
Uma noite,

Caminhar,
Andar,
Saúde,
Paz,
Cura,
Coragem,
Amor,
Fé...

Afinal somos tantos
Podemos tanto
E nada.

domingo, 12 de julho de 2015

Praia

Uma manhã
Ensolarada
A brisa fresca,
A sombra das árvores,
A areia solta,
O mar,
Que será do amanhã?

Sabe lá,
Que importa é viver agora...

Um sorvete,
Um dindim
E o sol
E o horizonte,
E a barraca...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Doce lembrança

Cai a noite,
Esta noite,
Noite impar,
De silêncio
E sussego...
O amanhã é uma incógnita,
mas agora,
Só faltava o canto do cocá,
Noite escura e estrelada,
Quantas imagens de minha infância
Refletem em minha vida,

O canto do guiné sobre o cajueiro da casa velha,
A lua prateada,
A areia fria,
A brisa silenciosa.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ação

Existência,
Sobrevivência,
Persistência,
Potência,
Tempo,
Vento,

O ser que se move,
Que se faz...

Onde está sua essência?

O vento que sopra é apenas vento,

A árvore que é afagada só uma árvore,

E as energias se diluem, se dissipam,
Se fazem e desfazem...

E tudo é e tudo deixa de ser!

Neste estado de eterna transformação...


Tempo veloz

Bem não sei o que acontece, mas ultimamente o tempo tem passado depressa. E o impressionante que nem tenho me tomado por tento. De uma certa forma desde que desfruto de alguns confortos, creio que a minha vida está encurtando. Engraçado que cada vez mais rápido, as tenho constituído relações voláteis, rápidas, que pouco deixam marca, exceto algumas que marcaram ou ainda marcam. Tudo está indo depressa demais, queria por um freio, mas não é possível, cada vez mais sinto que as coisas dão certo, isso parece acelerar-me, empolgar-me e com isso os grãos dos anos caem da espiga vida.
Sei, com você é assim também?

terça-feira, 7 de julho de 2015

As flores

As flores são belas por serem flores?
Ou são belas por serem perfeitas?
Flores!
Exuberância de cores, belezas e odores,
Trabalhadas pela natureza,
Produzidas com tamanha destreza...
Flores azuis como o céu,
Amarelas como o sol,
Ocrácea como a terra,
Verdes como as matas...

Que poderia eu falar sobre as flores?
Fonte de minha doce existência,
Fonte de meu viver...
Efêmera como a paixão,
Das flores frutos nascerão,
Nas flores sementes virão,
E tudo se fará do nada,
E que toda planta se reproduza...
E que exista por milhares, milhões de anos,
Mais nada.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tempo, tempo, tempo

A que caminhas?
Um passado pesado,
Um presente ausente,
Um futuro inexistente...
Ontem conheço,
Hoje realizo,
Amanhã... amanhã... Quem sabe.

Quem sabe quem machucou o paralelepídedo,
Ou a porta de sua casa?

A história de cada um se dissolve no tempo.
A história de cada um se constrói com tempo,

Só vivendo se constrói um invento...

Tempo, tempo, tempo.

domingo, 5 de julho de 2015

Dissolução

Que há de ti em mim?
Que há de mim em ti?
Tudo ou nada?
Se estamos próximos teremos tudo,
Se estamos distantes teremos algo?

Se tudo está dissolvido no mundo,
Encontrar algo maravilhoso e inesperado
É possível,
São tantas possibilidades...

Mas o que está próximo e o que está distante...

E assim tudo acontece, realiza e acaba.

Inércia

Os anos,
Os lugares,
As coisas,
Os costumes,
Os hábitos,
Uma leitura,
Um sonho...

Há um elo que nos constitui
Que nos define,

Esse elo,
Essa função,
Essa relação

É o viver, o ser, o agir...

É a possibilidade de tudo
É a inércia do nada.

Saber e sentir e viver

O silêncio da noite,
A cama macia,
O descanso!
Após noites mal dormida,
Que pode ser melhor?
Depois de viajar para longe,
Nada melhor que ter para onde voltar.
Nossa casa...
Há tanta gente sem casa?
Há tanta gente perdida no mundo
E pior na vida.

Como se encontrar?
O que buscar?

Uma identidade?

Talvez!
Podemos pensar nisso
A noite e com uma cama macia,
Mas muitas vezes, calçadas e papelões
São camas e cobertores...

Cadê as paredes?

Como é triste.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Agradável

É manhã,
O céu nublado,
Desfia uma chuva,
Que passa
Que volta,
Chove,
E a chuva chovendo é tão perfeita.

A chuva tem a capacidade de nos fazer pensar,
Paramos e percebemos
A natureza desfiando,

Pingos de chuva,
Vento,
Desprendidos,
Afagam a aroeira,
Vejo a chuva,
Sempre tão fria,
Tão suave,
Agradável...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Desejo

Luz,
Luz,
Luz,
Brilho criso,
Manhã rubra,
Este ser que acordou,
Que viveu,
Que aprendeu,
Agora...
Quer o descanso,
Descanso breve da noite,
Que a vida seja longa
E a morte rápida,
Mais nada.

Coragem

Quantas lições aprenderemos?
Uma, dezenas, milhares...
Sei lá,
Algumas coisas chegam na hora,
Outras temos que correr atrás.

Vai dia

Vai dia,
Vai com as palavras densas,
Vai com os ares de dor,
Vai dia, fecha-se como uma flor,
Vai...
Quero esquecer o que aprendi,
Quero esquecer o que vivi,
Vai dia,
Tu que se apresentou no instante da dor,
O que ouvi,
É triste,
Ouvi dizer que alguém sofre
E é alguém próximo,
Sem ter o que fazer,
Deixo partir,
Vai dia...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Questão

Uma xícara de chá,
Nenhuma fogueira vejo queimar,
Só vejo a fumaça e o som de bombas
Ecoando na noite.

Cadê minha alegria de São João,
O bolo de milho feito na folha de bananeira,
A fogueira, milho cozinho, assado,
E a tira de traque...

As fogueiras de papai com madeira
De madeira de cajueiro e cajaraneira,

Bom,
Ainda bem que tá frio como naquele tempo,
Nem tudo está perdido,
Tanta coisa pode acontecer,
É só querer...
Eis a questão.

Arder

A fumaça da Noite de São João,
Fogueiras ardendo em chamas e brasas,
Madeira se desfaz em calar e luz e cinzas...
As chamas lambem e queimam a madeira,
E alumiam a noite,
Enquanto consome a madeira,
O tempo é consumido,
E a fumaça dança
Elegantemente para o céu,
Enquanto tudo se desfaz.

Escolhas

Haverão dias felizes?
Sempre esperei por dias felizes,
Acreditava que um dia não estaria sozinho,
Teria milhares de amigos,
Não estaria sozinho, nunca mais...

Enganei-me profundamente,
Com o tempo até os amigos mais próximos
Se distanciaram, tomaram os caminhos de suas vidas.

Aqueles com minha idade hoje tem filhos e suas famílias
E estão longe...

Meus irmãos também e meus pais...

O tempo me ensinou e me fez viver tanta coisa,
Amores, conquistas e dores,
Passei por tantas dificuldades e vitórias,
Mas a vida sempre se revela
Sempre mostra outra face,

Hoje nem as orações me restaram,
Algumas músicas doces...

Tudo fruto de minhas escolhas.

Cada dia mais racional,
Cada dia com mais histórias ouvidas,
Umas tantas vividas,
Mas cadê as amizades?

Toda a delicadeza de uma flor que desabrocha na manhã e se fecha na tarde,
Assim são nossos dias de vida.

Transição

Se todos de certo sentimos solidão
Em maior ou menor intensidade,
A solidão faz parte de nosso ser...
Essa sensação intensa de vazio.
Algo em nós nos faz sentir essa ausência,
E essa sensação muitas vezes se repete
E se repetirá...
Essa sensação de indisposição...
Passa, é só uma transição.

Solidão

Qual é a substância da solidão?

Só...

Rua vazia,

Casa vazia,

A gente pode sentir o frio das coisas,

A textura transparente da solidão,

A ausência plena de disposição,

Gotas de água frias se desprendem

E se deixam evaporar no tempo frio...

Um número de telefone,

Uma frase no Face ou no Whatsapp,

Não...

Nada,

O silêncio ganha textura,

O vazio som...

Pior quando o vazio ocupa o peito.

Contemplação

A manhã se passa suave,
O sol que apareceu,
As nuvens lhes ocultou
E a chuva brindou a manhã,
Cai e canta e encanta,
Suave chuva canta,
A chuva chovendo
Enchendo a manhã,
Chove, pode chover,
Eterno momento,
Contemplação.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Essência

Uma palavra,
Fé,
Luz,
Felicidade,
Paz de espírito...

Silêncio,
A noite,
Os grilos,
Estrelas rutilando,
O universo,
Verso unido...

Manhã

Manhã,
Chove, pára de chover,
A janela de vidro tem pingos,
Que desprendem suavemente,
E vejo o mundo transparente entre os pintos,
O sol oculto entre as nuvens,
Assim permaneço entre janelas e cortinas,
Na manhã que agrada minha alma.

domingo, 21 de junho de 2015

Viva

Um vinho,
Uma conversa,
Amigos,
Quem percebe a noite de aprofundar?
Se inebriar,
Sorri,
Chorar!
Viver,
Alegres noites,
Viva a vida!

Acontece

Acontece tanta coisa na vida,
A gente vai de lá pra cá e de cá pra lá,
Vamos vendo a vida acontecendo,
Muitas vezes sem está atento
A sua sinfonia, e por muito não aprendemos a viver.
Viver é ser,
Hoje somos tudo,
Amanhã quem sabe?
Encaro viver como aprender,
Por mais completa ou incompleta que seja a vida,
Tudo ou quase tudo nos é revelado,
Ou um pouquinho de cada coisa,
O tempo e os anos são grandes mestres,
Nos ensinam a ter paciência
E por vezes nos dão sabedoria...
Tanta coisa acontece na vida.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Eco do tempo

O silêncio frio da madrugada,
Cantiga de grilo,
Pensamentos grandiosos,
Como alimentamos nossas mentes
É a maneira como vivemos,
Ontem, ainda ontem,
Não era o que sou,
Perdi algo e ganhei algo,
Caminhei no tempo,
Passei pela senda do tempo,
Ouço o eco do tempo em mim,
Na noite, na madrugada
Quando tudo é silêncio, saudades e solidão.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Convicção

"A existência precede a essência" Sartre

Tudo em nós é escolha, construção,
O primeiro encontro, coisas tão simples,
Responsabilidade, uma prova da escola,
Escolhas, pensamentos, projetar a vida,
Renúncias, a busca do que não se conhece,
Nossa construção como seres,
Cada vitória simples, deveras uma construção,
Do que sou, daquilo que quero ser,
Sabe lá!

Nesta jornada chamada vida,
O tempo é nosso eterno guru,
O tempo nos ensina, nos revela
e nos apaga,
Essa trança, esse tecido que são as gerações,
Que vai tecendo, se perdendo,
Se encontrando, velando e revelando,
Aquilo que nos é revelado na vida,
ou oculto,
Onde nos perdemos?
Que escolha dará certo?
Ah, angústia de cada dia...

Força, segue em frente com convicção.

Encontros

Amigo, onde te encontro?
Como te cultivei?
Não sei, não sei...
Foi a vida,
Foi a vida,
Foi no acaso da vida,
Seguia o mesmo  caminho,
Caminhou por onde caminhei,
Nos encontramos,
Nos alegramos,
Nos combinamos,
Seguimos juntos,
Fomos felizes,
Estivemos juntos como num casamento,
Na alegria e na tristeza,
E na hora da partida,
Quando tive que te deixar!

Ai, e como chorei,
E como meu coração sangrou,
Meu coração estilhaçado ficou,
Pois tudo que construímos tivemos que deixar para trás,

E a vida continuou...

Hoje distante, estamos em outras vidas, fizemos novos amigos,
Mas a nossa história vive em nossos corações,
Pulsando deveras,
Que quando nos encontramos
É como se fosse a primeira vez,
Nos abraçamos, conversamos, nos amamos,
E somos felizes,
O tempo parece que não existiu em nossa ausência,

Que eterna alegria o encontro de uma verdadeira amizade,
Sem necessidade, sem vaidade, apenas amor...

Nos tornamos um só em dois corpos,
Agora que estou distante só saudade,
E as lembranças nos une,
E a vida segue adiante,
E somos pelos a cada encontro.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Acontece

A noite,
A noite estrelada,
A noite solitária,
Silêncio nem um gemido,
Nem uma dor,
Nem um ronco...

Cada um com sua vida,
Cada um com sua lida,

A arte do eterno aprender,
A arte do eterno ser,

Tudo é passageiro,
O que foi ontem não é mais hoje,
Nem nunca será,

Olhei uma rosa rosando, florindo,
Não a vi se abrindo,
Não a vi fechando,
Estava viçosa, cativante,
Mas os segundos,
Mas o tempo...

A noite merece uma reflexão
E uma oração de agradecimento,

A cada instante algo se renova...

E a noite passa.

Lavrar o próprio pão

Divina chuva,
Divino chão,
Da semente germinada,
A esperança de pão,
Das matas torcidas,
De cor cinzentas,
A lenha,
Do Chão desnudado, feijão,
Milho, gerimum, melancia e melão...
Tudo nos braços e com suor lavrado,
Calos na mão,
De geração em geração,
Até o bolsa família...

Mundos

Quantos mundos há no mundo?
Meu pai, Chico de Chico Raimundo,
Meus tios Raimundos Nonatos,
Todos vieram ao mundo,
Em berço pobre e sem letra,
Um se alfabetizou, se formou
O outro, oh! Triste realidade,
Faleceu de câncer!
Doença que come a gente por dentro,
Metástases, tumores...
Dor...
Pra viver no mundo,
É preciso ser forte,
Tem que todo dia enfrentar a morte
E se entregar,
E como semente se plantar,
E germinar e se tornar calor de alguma estrela,
Quantos mundos há no mundo?
Oh, tantos Raimundos há no nordeste?

terça-feira, 9 de junho de 2015

Paixão?

O tempo forjador de todos fatos,
A noite cúmplice,
Meu olhar foi roubado
Por tua beleza,
Tua retórica,
Tuas palavras,
Tua doçura...

Toc. toc. toc...
Quem é?
Uma paixão,
Tem nome?
Solidão...
Pode entrar, mas não fica,
Que trás junto?
Tristeza.
Ah, assim vou me esbaldar,
A vida terá mais sentido
Quando tu partires,
Pode entrar...

Existencialismo...
Nietzschianismo...

Borges, por que me encanta?

O problema de nossa existência,
E vem e vai...

Sem nunca aprender
O que é a paixão.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Fenômeno e fato

Uma xícara de chá,
A sombra da noite,
O silêncio!
Uma frase.
A vontade de viver o momento,
Cada segundo,
Mas o relógio a trabalhar,
Anuncia o tempo.
Tic-tac-tic-tac...

E o que pensei?
E o que vivi?

Tanta coisa para aprender,
Tudo quero apreender,
Mas preciso de tempo,
Para viver e digerir,
E fazer acontecer.

Ou nada disso.

domingo, 7 de junho de 2015

Fixar

Até o sono chegar,
O tempo passa apressado,
Dia longo,
Doce, triste solidão,
Saudosismo...
Pessoa,
Heidegger,
Sono,
Tudo parece tão inútil,
Mas no meio das pedras,
Há sempre uma fresta para se fixar.
Amanhã pode ser diferente.

Grandes enganos

Viver,
Quantos enganos,
Quantos beijos de paixão,
Já vivi o amor?
Grandes e pequenas descobertas,
Uma busca incessante,
Vida errante,
Inútil buscar,
Tudo que sei foi por errar,
E o que sei?
Nada...

Enchi minha vida de doces memórias,
E vejo o tempo passar,
Vejo minha pele enrrugar...

Grandes enganos,
Viver sem ser... sem ter.

Viver.


Tempo

Uma semente,
Uma plântula,
Uma planta,
Seu tronco,
Seus ramos,
Suas folhas
Suas flores,
Abelhas,
Borboletas,
Pássaros,
O vôo,
Os ares,
O céu,
A atmosfera...

O tempo e sua trama,
Tudo faz acontecer!


Solidão e adjetivos

Às vezes paro para pensar
Na vida, no passado, no presente,
Já não penso mais no futuro,
Chegou um momento em que o futuro
Parece ser só de sofrimento e dor.

Mas a vida como um dia se passa,
Como uma colheita é ceifada...

E as tardes e as colheitas podem ser agradáveis.

Então, o que eu fiz da vida?

Não vivi, mas não cultivei os amores,
Vivi e aprendi a ser a me virar só,
Amanhã quem sabe se só restará solidão e frio e medo e um fim.

Mas nem pensei nisso, o texto se encarregou,
Sou mais Nietzschiniano...

Parar para pensar é consequência da solidão...

sábado, 6 de junho de 2015

Divino

A noite,
As sombras do sol escondido,
As formas ocultas,
Melanus,
Por Deus,
O que nos falta?
O que não temos...
Porque queremos?

Divino mistério.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Dar sentido "Conhecer e ser conhecido"

A brisa fresca da manhã,
Madrugada despida, escura,
Paralelepípedos irregulares,
Meio fio branco,
Ervas daninhas,
Uma mangueira crescendo,
Carolina e sementes vermelhas,
A casuarina,
Caminho para a manhã que chega,
Entre um e outro bom dia,
Minha alma se enche de alegria,
E minha vida ganha um novo sentido,
Em desconhecidos que se revelam,
Suas personalidades, suas vaidades,
Felizes por mais um bom dia,
E na volta um até amanhã,
Ou até segunda,
Num rito sagrado,
Uns faltam por uma semana,
E me pergunto que aconteceu,
No reencontro um riso de felicidade,
Aos poucos sou conhecido e conheço,
Cada um.
E se pergunto "tudo bem?"
Respondem-me com um "Tudo em ordem"
Lindo isso!
Tudo bem, as vezes...
A gente se afeiçoa as pessoas,
Aos momentos,
E a vida ganha um novo sentido,
No riso de um, no olhar de outro,
Na presença religiosa das pessoas,
Eu peguei o bonde andando,
Mas já me sinto em casa... 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Metamorfose da alma

O tempo passa apressado,
Nem percebemos,
Pois queremos ser mais rápidos,
E esquecemos de ver o simples da vida,
Os detalhes das coisas,
O capricho da natureza,
As peças florais,
Seus aromas,
Suas formas...

Nos atemos aquilo que achamos importante
Que muitas vezes nem é,
A maioria das vezes não é.

A vida passa apressada,
A gente pega carona no ritmo do mundo,
E somos levados como naus ao vento,
Sem destino próprio,
Sem meta,
Onde chegar!

Não segamos assim...

Respeitemos o tempo e nossos ritmos.


domingo, 31 de maio de 2015

Cicatrizes

Foi-se janeiro,
Em janeiro paixão,
Foi-se fevereiro, março, abril, maio
E a certeza de uma paixão,
A frescura de uma amor...
A certeza da solidão.

Saio na janela tomo o ar,
Sinto meu peito tragar o mundo...

Sinto o momento
E minha consciência toma conta de mim,
Quando penso em tristeza e solidão,
Esses sentimentos expressam um vazio...

Ai, uma oração me preenche...

Estamos condenados a ser só, Pessoa sabia muito bem disso,

Não entendemos o que falamos...

Acreditamos, mas...

O tempo tudo resolve, tudo apaga, tudo cicatriza.

Adeus maio

Mais um maio que parte para o infinito,
Sei que foi um mês muito bonito,
Mas vai, pode ir e que venha junho.
Maio mês das mães,
Mês de colheitas,
Mês de inverno...

Fico como um velho que não pode partir sobre uma barreira
Vendo alguém que ama partindo,
Se distanciando, sumindo na estrada...

Se não somos nós que partimos...

As crianças a alegria de mais um mês ido,
Aos adultos tempo vencido e muitas perspectivas em junho,
Aos idosos menos um mês...

Tempo, rio que não para de fluir.

Passado de memórias,
Presente de auroras,
Futuro de incertezas.

Maio passou a alguns agradou
A outros nem percepção.

Cada dia que passa torno-me mais quem sou,
E deixo de ser o que fui...

Maio, mãe, início e fim.

sábado, 30 de maio de 2015

Desejos

Traço uma linha,
E sigo como quem planta numa corrente,
Em linha reta,
Vou plantando meus grãos,
Grãos de milho e feijão...

Ah,

Como encontrar o caminho reto para a vida?

Na música?
Na poesia,
Na pintura?

Na igreja?

rs.

No Sexo?

Tudo apodrece...

Tudo mofa...

Que se vão os desejos.

Universal

Estou perdido no tempo,
Nos giros e sulcos de meu cérebro,
No seio de minha vida,
Pessoa, Shakespeare, Borges...

Meu remédio kafkiano,
Doce Chopin,
Alegre Mozart,
Gogh de minha vida...

E como a brisa e a manhã
Tudo passa.

Engano

Um engano,
Louco e tirano,
É o que virá pelo amanhã,
Ah, não existe coisa mais vã...

Viver plenamente o momento presente,
Pois um dia tudo estará ausente,

Tudo passará
Tudo se eternizará,
Ou melhor dizendo se apagará.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Por que será?

Flores,
Abelhas,
Polén,
Vôo,
Pouso, 
Cálice,
Corola,
Androceu, estames,
Gineceu, pistilo...

Ramos, 
Folhas,

E paro para olhar o mundo,
Vejo o mundo muito com uma concepção botânica.

Por que será?

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mas será?

Manhã,
Flores desabrochando,
Aves cantando,
Serena a noite parte,
A brisa fresca anuncia
Aurora...

E o escuro se dissolve,
E o mundo ganha forma
E cores.

Maio, dia 25, de 2015,

Só mais um dia,

O primeiro ou o último,
Quantas consciências surgiram hoje?

Estou consciente de que hoje pode ter sido o último,
Mas não foi...

O amanhã quem sabe nascerá.

Quem sabe!

As vezes as coisas parecem desconectadas, mas serão?

Manhã, jardim, flores...

domingo, 24 de maio de 2015

Até quando?

Vivemos o tempo do fazer!

Não tempos mais tempo para nós mesmos.

A todo instante tenho que está fazendo, criando, construindo objetos, coisas não percebi a construção do ser.

Observamos as coisas sem estado de contemplação,
Não vemos nada...

Não podemos parar,

Ou seremos engolidos por nossas importantíssimas ocupações.

Até quando?

O que é ser?

Abro a janela sem pressa de sair. Abro para contemplar o mundo. E o que vejo são antigas castanholas, casas, prédios e o céu.  Acho que aprendi a capacidade de contemplação ou talvez nunca tenha tido. Cada vez o tempo que me sobra para contemplar é ínfimo. Eu perdi o tempo, não sei o que fazer, se contemplo, se assisto um filme, se falo ao celular, se converso no face ou watzap... São tantas as possibilidades que me angustia. Antes eu me angustiava por não ter livros para ler, hoje não tenho tempo embora tenha os melhores livros.
O que contemplar?
Sou o senhor do meu destino. Risos!
Uma oração?
Uma imagem?
Uma paisagem?
Eu perdi a concentração, não sei mais o que é contemplação com essa vida dinâmica em que corro de cá para lá querendo aprender tudo e ser tudo... O que eu sou e em que estou me tornando? Em que estamos nos tornando?
Volto a janela olho o vazio da rua, sinto desespero... Rua vazia, casa vazia, mente vazia...
Acreditava que no futuro as coisas seriam melhores, mas o futuro chegou e tudo continua a mesma coisa, mesma dimensão, ânsias... Acho que estou mais sereno, finalmente o tempo me explicou que nesta vida não é possível tudo, tenho que me contentar com o que ou quem eu sou... Mas quem ou o que sou?
Não responderia, porque sou movimento, sou viver, sou o que penso, que reflito e nada do que tenho é meu... Tudo é emprestado, inclusive o corpo que habito.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

É assim

E segue a noite,
Ler uma poesia,
Tomar um chá,
Cair na balada,
Tudo e nada,
Começo e fim,
O sentido da vida,
Cabe a cada um desenhar,
Colorir,
E viver.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cada passo

E lá se vai a noite,
Como um ônibus
Que partiu sem nós,
E lá se vai a noite,
E ela vai indo,
E vai sumindo,
Como vamos partindo,
De nossa breve existência,
Não precisamos de olhar para trás,
Sigamos em frente,
Olhando para os lados...
Vigiando cada passo.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reinventar

Minha alma se dobra,
Diante do tempo,
O qual me escraviza,
Esse louco fluxo
Que me faz correr
E tentar ser o que não sou!
Eu não sou professor,
Não sei professar,
Eu não sou jovem,
Não sei correr,
Eu não sou algo engessado,
Acredito que sou esse fluxo inconstante,
Essa sombra que projeto ser,
E que se constrói e se destrói
Continuamente...
Essa existência que oras me faz ver no futuro,
Horas me angustia perceber o passado
Tão volátil, diluível,
E perceber que o tempo
Voa...

Revelar

A chuva quando cai de manhã,
Suave, suave, leves pingos,
Molhando a manhã,
Manhã de maio
Que passa e deixa o tempo marcado,
Enquanto a chuva deixa o mundo molhado,
Mais agradável, mais ameno.
Minha alma se enche de alegria,
A doce poesia que é o viver,
E sentir como os momentos se desenvolvem
E acontecem em nossa torpe existência.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Morte

É uma loucura viver,
Cada dia preciso de mais tempo,
No entanto só subtrai-se a cada momento,
O tempo contado,
Esperando o melhor momento,
Tola espera,
Diante do espelho,
Vê-se na imagem
Sem perceber
O tempo esvaindo,
E essa loucura que é a inveja,
A vaidade...
Só o amor reverte...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Reflexão

É importante que não deixemos
Fulcros na vida,
É preciso entender os vácuos,
Nossa existência breve,
As vezes não é suficiente para entendermos o mundo...
Refletir é essencial.

Aúrea cruz de malta

Na noite uma estrela brilhou,
Brilho feito uma cruz de malta,
E a noite se tornou tão bela,
Vi aquela estrela bela,
Parecia uma pequena flor amarela,
Que nasce aqui e ali,
Nos cursos das águas,
Sobre os espelhos das águas,
Áurea flor de malta,
Estrela bela tão alta...
Amar,
E não ser amado...

Lucinana (luz primeira)

Luciana doce aurora,
Que bem e que passa,
Na aurora de meus dias
Luciana, tenra luz da manhã,
Lux, que tinge o mundo de cores,
Que faz abrir as flores,

Vem a minha vida,
Luciana,
Doce aurora...

Quando será aurora última?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Valer a Pena

Flor que desabrocha no campo,
De aroma doce da flor fresca,
Na beira da estrada,
A água do riacho escoando e cantando,
O perfume do mufumbo,
Água leitosa,
O capim silvestre cresce viçoso.

É feliz quem tem memórias
Doutos tempos!

Onde eu encontro a beleza do mundo hoje?

Entre as rochas verdes ervas nascem,
Entre pessoas más, pessoas boas habitam.

Entre tanta coisa adulta....

Algo há de valer a pena.




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Conhecer as flores

As flores,
Doces flores,
Flores silvestres,
Flores do jardim,
Flores de jasmim,
Seus perfumes,
Suas cores,
Doces flores,
Lindas cores,
Clívia,
Agapanthus,
Açucena,
Dracena,
Cordiline,
Yucca,
Flores como não te contemplar,
Como não te amar,

Naquela rua,
Bem na esquina de parede azul,
Tem muitas portulacas,
De polém amarelo
E estigma estrelado...

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pensar

A cada instante que se passa
Não sei se percebo algo sutil,
O tempo passa e no passar do tempo,
Pequenos eventos se sucedem,
Totalmente desconhecidos,
Ou de certo previsíveis,
Mas desiguais, completamente novos.
Paro pra perceber o mundo,
E não consigo porque minha mente
Não para de pensar,
De associar, de se relacionar com o meio...
E quando me desprendo dos sentidos,
Fujo do tempo de tudo...
Outras memórias,
Pensar o impensável,
Que acontece no momento presente.
Mais nada.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Palavra

Toda palavra é um préconceito (Nietzsche)

A voz é a substância da palavra (Borges)

Como organizar a mente com mais praticidade?
Tente usar as palavras.

Eterno tempo subjetivo

O dia,
A manhã,
A tarde que arde,
A noite e o vento de acoite,
O cansaço,
Os desejos,
O trabalho,
Nada está completo,
Estará eternamente incompleto,
Se fazendo e desfazendo!
Num eterno devir,
Janeiro,
fevereiro,
março,
abril,
maio...1979, 1980, 1981...1987, 1988, 1990, 1994...2000, 2008, 2012, 2013.??? 2015.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cansado

O cansaço,
Nenhum espaço,
Para pensar,
Sorrir ou amar,
Somente dormir,
E relaxar,
Se preparar
Para um novo dia.

domingo, 10 de maio de 2015

Reflexão, reflexo, refletir

https://www.youtube.com/watch?v=LlvUepMa31o

A vida pulsa,
Quer acontecer,
A vida acontece,
E sempre segue em frente.
O mundo não para por nossa causa.
O mundo continua sempre a girar,
A nos presentear com dias e noites.

E o que eu percebo do mundo?
O que eu aprendi a perceber do mundo?
O que eu quero que as pessoas percebam do mundo?

Não posso ficar olhando apenas para o meu umbigo,
Não posso esperar que as coisas caiam,
Tenho que agir,
Tenho que pensar,
Tenho que deliberar!

Amanhã pode ser tarde demais!
O amanhã pode não existir,
Pode ser abreviado.

Por tantas coisas...
Faça o que acha que deve ser feito.

Cante, corra, sorria, abrace, ame...

O tempo passa em nem percebemos,
Não percebemos quando não temos um espelho...

É preciso ter um espelho,
Para ver o reflexo,
É preciso ter um espelho na consciência!

É preciso ter discernimento!


Leve!

A noite segue,
Vai se aprofundando nas horas,
Passam-se os instantes,
Nos distancia de um início
E nos aproxima de outro...
Quem sabe o que vai acontecer amanhã?
Só sabemos do que se passou hoje e olhe lá.
Os segundos não voltam.
Por isso segue em frente sempre.
Só mais um dia que passou,
Amanhã não!
Pode ser o grande dia,
Como todos os grandes dias que se passaram,
As pessoas que conhecemos,
Os instantes divinos,
Não exitem instantes divinos,
Pois tudo é divino.
E a noite vai,
E o descanso,
Torna leve minha alma,
Minha alma.

sábado, 9 de maio de 2015

Metafísica do Momento

A brisa que passa,
O grilo que canta,
O sapo que canta,
Ah!
Essas coisas me espantam,
No silêncio da solidão,
Nossos pensamentos gritam...

E vejo os homens passarem,
Em seus labirintos,
Giros e sulcos...

É loucura tentar entender,
O aentendível,
Os passos firmes pelo chão,
Ouvido alerta,
Nada é eterno,
Tudo é o eterno devir.

Conjugar o verbo amar

No escuro da noite,
Brinco com meus sonhos,
Não estou só,
E o dia revela a realidade,
É hora de sonhar,
É hora...

Bom cadê o verbo Amar?

Por medo de conjugar,

Esqueci as desinências amorosas,

Achei melhor não conjugar,

Agora,

Conjugo

Um substantivo abstrato

Chamado solidão!

Ondas da alma

Vai, vai, vai...
Vai noite,
Vai lua,
Sigam estrelas,
Siga vento,
Siga vida...

Vai...

Tempo que não volta jamais,

Flores fecundas,

Veias, rios de sangue,

Alimento para a alma,

O tempo oco,

Tempo mudo,

Vai,

Meus sentimentos
Marcam o tempo,
São minha alma,
Cadê minha calma?

Queria te ver,
Está com você...

O que me resta é só
Poeira ao vento.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Aprendido

Quanto mais eu vivo,
Mais descubro como
Posso ser feliz descobrindo
O mundo.
Quando a gente vai amadurecendo
Passamos a perceber as coisas com mais sutilezas,
a valorizar cada momento,
Cada instante.

Uma música,
Uma comida,
Uma textura,
Uma brisa,
Uma brisa,
O horizonte,
O mar...
O céu azul,
Nuvens de algodão,
Um cochilo,

Com a idade
Enfim aprendemos a viver.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dúvida

Observar a lua
Ou ler Borges,
Ou ouvir Bach,
Ou observar Gogh,
Ou está com uma pessoa querida,
Ou trabalhar para compensar os atrasos,
Ou se refrescar em frente a praia,
Ou, ou, ou...

A verdade é que temos tantas opções,
Mas optar nos angustia,
Gera incertezas...
Não se saberá se não optar,
Não podemos morrer de fome como fez um asno
sedento e faminto que morreu de fome ao chegar num vaz de açude,
Não sabia se comia ou bebia primeiro.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Percepção

E a lua que surge na noite seguinte,
Desaparece na manhã seguinte.
E o que eu percebo dessa lua?
Talvez nem pare para contemplar,
Talvez a vida passe sem que percebamos.
E o que devemos fazer?
Cada um tem sua prioridade.

Plena noite de lua

A noite,
Ontem a noite enluarada,
Lua cor de prata,
Crescia em busca do céu,
A todo momento
Um véu de nuvens,
Apagava e acendia a lua.
E contemplando a lua,
Pensava sobre a brevidade da noite,
E nos ciclos da lua,
A rua estava vazia,
Silenciosa
E só o apito quebrava o silêncio,
Quando acordei a lua estava diminuindo,
Partido para o amanhã,
Enquanto isso os grilos cantavam
Não sei se para a lua ou para a madrugada ou para a aurora...
E minha alma sorriu alegre.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ode a Mangueira (planta)

Contemplei uma linda árvore,
Do frutos doce e calda amarela,
Árvore extremamente bela,
Que vai renovando seus ramos,
Como coxa de retalho,
E suas folhas cor de goiabada,
Viçosa por desenvolvimento,
Ao verde toma contra mão,
E floresce, inflorescências
De flores tão pequenas,
Mas forte mente aromatizada,
Sob sua copa fechada,
A sobra parece chamar o vendo,
Oh!
Maravilhosa mangueira,
Que aqui chegou sobre as frágeis naus,
Tens no Brasil como todo o povo
Aqui chegado,
A sua grande pátria mãe,
Maneira homenageada na grande festa do carnaval...

Quando acordo e caminho nas três ruas,
Eu te vejo e te beijo com os olhos.
Doce mangueira,
De doces mangas,
Em teu doce fruto,
Minhas gerações adoçaram a vida
E minha sementes continuarão
A se deliciar de ti,
E eu, além disto, contemplo sua exuberância.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Aquela estrela

As estrelas no céu escuro,
Rutilam distante, infinitamente distante,
Pulsam, pulsam feito meu coração sem parar.
Se parar é seu, meu, fim.
Há tantas estrelas belas,
Estrelas coloridas,
Verdes, Vermelhas, Azuis e Amarelas,
Inquestionavelmente belas.

O que posso encontrar no céu estrelado?

Quem sabe um olhar perdido,
Quem sabe ele não se encontre com o meu.

Já aconteceu,

Mas agora!?

Quem olha para o céu a noite tendo uma florescente dentro de casa?

É feliz com a luz fria.

Vida cheia, vida vazia...

domingo, 3 de maio de 2015

Apation

Todo o passado são cinzas?
Ando pisando nas cinzas,
Eu vejo os meus passos cinzentos,
Tudo se desfez em pó,
O fogo tudo consumiu,
O que era bom partiu?
Dura realidade,
Dura eventualidade,
Terá sido tudo em vão?
Flores floridas,
Flores floridas,
Fogo da paixão,
Rubras rosas da paixão,
Teu perfume,
Tua textura!
Passion,
Pation!
Passos,
Passos passados,
Apagados,
Tudo será cinza?
Nem um sinal...
Só solidão.
Amém
Mozart,
Gogh,
Borges,
Kant,
Cristo...

sábado, 2 de maio de 2015

O SER

Só a dor humaniza o ser!
Vejo os estigmas nas imagens,
Vejo as imagens com tanta expressão de dor.
Ser!
Cuidado...
Tudo é vaidade,
Tudo são vaidades...
Cuidado!
O buraco é mais em baixo.
Cuidado com o que falas,
Cuidado com o  que pensas.
Cuidado como vives.
Cuidado para não se tornar um glutão,
Perdulário, um ser desprezível.
Ser sem excesso.
Hoje somos tudo,
Amanhã nada seremos.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh