sábado, 28 de fevereiro de 2015

Doce amadurecer

E quando a noite cai e o véu de Nix furta toda a cor do mundo,
Sinto que meu peito quer uma companhia,
Então vou a janela e fico ali olhando para as estrelas,
E penso nesse mundo azul há um grande amor que me espera,
Bom tenho essa esperança a muito tempo...
Acho que não chegou minha hora,
Então melhor aguardar,
Quantas vezes mais irei ouvir Skank,
Quantas vezes mais me sentirei bem ao ouvir a música "sutilmente"...
Ei uma grande incógnita que é a vida.

Até lá vou ouvindo: "What a wondeful world", "somewere over the rainbow",
Lendo e ouvindo o poema "tabacaria" de Pessoa e "Menestrel" de Skaespeare.

E assim vou vivendo humildemente minha vida.

Reflexão Indu

A algum tempo atrás quando viajei, estava na casa de uma pessoa amiga, maravilhosa por sinal. encontrei uma pequeno estátua. De certo era algo indiano. A estátua tinha como imagem um corpo de menino com cabeça de elefante. Peguntei do que se tratava e ela me falou que era Ganesh.
Bom o tempo se passou e certo dia bateu a curiosidade de saber quem era Ganesh. Então pesquei na internet e encontrei que se tratava de uma divindade Indu. Ganesh era filho de Shiva.
Shiva então achei linda aquela imagem e fui ler sobre esta divindade.
Shiva é o deus destruidor ou transformador.
Para se construir algo novo é preciso destruir tudo e reconstruir tudo na mais plena harmonia.
Essa harmonia deve ser cultivada e cativada no mais profundo de nosso ser.
Compreender é fácil o difícil é interiorizar, fazer tornar isso nossa essência. Uma vez que somos muito passível de nossos desejos ou sentidos.
Shiva acrescenta algo a mais em minha vida. Deveras apareceu em minha muito depois de Jesus Cristo e Buda, mas conhece-lo me ajudou a compreender melhor o mundo. Tudo que nos faz compreender mais o mundo pode ser doce ou não.
Reconstruir o nosso ser, se livrar dos preconceitos, dos medos e males que pode nos acontecer, muitas vezes só a fé pode ser capaz de mudar nossos seres.
Para mudar a ação tem que partir do interno para o externo e nunca do contrário. Precisamos mudar nossa maneira de ver o mundo e aceitar a realidade e buscar mudar essa realidade.
Nossas escolhas refletem por toda nossas vidas se não temos convicção do que queremos. Uma vez feita a escolha devemos seguir a diante ou voltarmos atrás antes que a envergadura do tempo impossibilite...
Então, podes transformar sua vida, mas para isso as escolhas devem serem feitas e se decidida, esqueça o passado.
Diz o ditado popular que lembrar é reviver ou sofrer duas vezes.

As vezes tentamos nos convencer que a maneira que pensamos é a melhor para nós quando na verdade é uma incógnita. O que acontece a cada um acontece e tem força. O que é para ser tem força.
Acredito nas coisas espontâneas.
Por isso Shiva atue e destrua tudo que não me faz bem e construa um novo em meu ser.

Reestruturar

O destino existe para os não existencialistas.

Naquele breve encontro não houve troca de olhares, nem afinidades. O que ocorreu foi uma breve conversa, risos, comentários de trabalho e nada mais.

Para não alimentar meu coração evitei tudo isso, pois pessoas interessantes apaixonam qualquer um.

Lembro do fato de ter observado a delicadeza de sua mão e seu braço ao reclamar que seu pulso doía.

E abraçada foi carinhosamente confortada... Tem que se cuidar, namora um professor de educação física.

Com os afagos achei que o colega ao seu lado era seu namorado.

Retroagindo, ao chegarmos no restaurante brinquei com dona Marta a dona do estabelecimento..."Quero um desconto estou com três novos clientes".

Sempre me divirto com Dona Marta, das muitas vezes que almoço e o quase sempre só é ela que me acompanha muitas vezes, senta-se comigo.

Bom ai vi uma adição no facebook.

E essa história foi breve, mas maravilhosa história de amor.

As coisas boas acontecem do inesperado.

O encontro

O destino rege nossas escolhas?

Escolher é seguir o destino?

Não sei. E se soubesse que significado teria para o outro.

Cada experiência é peculiar de cada indivíduo, cada pessoa.
Em cada um de nós está impresso a madeira de reagir as sensações.

Bom tudo começa por algum lugar em um determinado momento que na maior parte das vezes é uma incógnita.

E algo de bom me aconteceu e me marcou.

Era quase meio dia, fui ao herbário e senti um doce cheiro, um perfume muito bom, incomum para um herbário que cheira a naftalina.

Ouvi vozes distintas de rapazes e de uma moça.
Eis que vi três pessoas trabalhando, coletando dados para suas monografias.
Não me apresentei, mas perguntei de onde eram o que faziam ou melhor com que trabalhavam?

Convidei-os para almoçar como sempre faço. Concluídos seus trabalhos saímos e fomos almoçar.
Depois, voltamos para o departamento, peguei minhas coisas e os acompanhei até a parada de ônibus.
Não lembro sobre o que falamos, sei que era cedo da tarde e estava quente. Conversamos pouco, porque os ônibus que passam pela Dom Pedro II são muito constantes 301, 302 e 303. Tomamos qualquer um desses, fato sem valor.

Bom, saltei na segunda parada, disse um breve adeus.
Caminhei até a passarela, cruzei-a e fui contemplando o jardim. Contemplar o jardim sob o sol quente da tarde não é uma coisa boa para um nordestino, mas a beleza do lugar as vezes tem a fossa de fazer-nos suportar mais um pouco.

Fui em busca de meu amigo Pedro Gadelha, descobri o lugar onde ele trabalha. Naquela tarde estava mexendo num material que tinha coletado com Juliana, minha aluna na época. Nossa reunião foi breve, perguntei algumas informações de como deveria proceder para coletar no jardim botânico. Pedro como sempre muito educado e solícito respondeu tudo e ainda me passou uma lista de espécies da mata do Jardim Botânico.

Voltei para UFPB conclui algumas coisas e voltei para casa.
A noite fui correr e a noite aconteceu normalmente.

Nem imaginei que naquela tarde havia ocorrido  a fecundação de uma breve e saborosa história de amor.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Liberdade do ser

Que bom que a noite chegou,
Que bom que mais um dia passou,
Amanhã tem mais, vou dormir em paz.

Depois de um dia cumprido,
Vou dormir leve,
Agora ouço os sons da noite,
Grilos ciciando,
O som da brisa nas folhas...

É boa essa sensação de liberdade,
Dormiu ou não dormir,
Ir de lá pra cá,
Uma roupa ou sandálias pela casa,
Calças sobre as cadeiras,
Ser como sou ou gosto de ser,
A noite posso arrumar tudo
Ou nada deixar simplesmente para amanhã.
Ou nada,

Vou a geladeira encho um copo com água gelada,
Tomo os goles e me refresco,

Vou a janela sinto o frescor da noite,
Olho para as estrelas que brilham, para a lua
E sinto meu corpo cansado,
Querendo dormir,

Eis a minha liberdade de ir e vir,
Meu maior medo sempre foi perder essa liberdade,
Por isso talvez esteja só.

A chuva chovendo

A chuva chovendo... F. Pessoa

Encontro muito nos escritos do velho Fernando substantivos acontecendo e a frase citada é tão maravilhosa... A chuva chovendo, não se diz o brilho brilhando, pelo menos não vejo ninguém fazendo, fala-se a estrela brilhando, o sol brilhando...

Mas a chuva ela chove, acho de uma beleza espantosa e genial, porém muito simples...

Não sei se você ler Fernando Pessoa, mas é claro que conhece e se não conhece deve buscar conhecer. A sutilidade como Pessoa transparece na vida, transparecia melhor dizendo é de uma genialidade espantosa.

Há uma obra dele me faz arrepiar, chama-se o guardador de rebanhos!
Já ouviu ou leu?

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=0qCgprU8P8w 
 Leia: http://www3.universia.com.br/conteudo/literatura/O_guardador_de_rebanhos_de_fernando_pessoa.pdf

E então diga-me o que achou...

Pessoa aparentemente é triste, mas só a aparência.
Simplesmente quando o compreendemos é como se conseguíssemos encontrar o mais precioso dos diamantes.

Simples e gostoso como ouvir ou sentir a chuva chovendo.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Consciência de ser

E mais um dia se foi,
Mais um dia se foi,
Vi a aurora chegar e partir,
Vi a manhã vir e ir,
Vi o meio dia, pino do dia
Vi a tarde eu estava lá, chegar e partir,
Vi a a noite chegando de vagar,
E aqui estou imerso no escuro da noite,
Embalado em seus mistérios...

Então, vivi o dia,
Vi meu dia passar,
Vi cada momento,
Não sei se vivi,
Pois quando pensamos fugimos da realidade das coisas,
Perdemos a atenção dos sentidos
E somos todos ilusão,
Há quem saiba domar os pensamentos...
E há aqueles que são pura emoção.

Tomarei um chá e voltarei a realidade de meus sentidos.

Espero

Espero,

Espero desde aurora
Até o meio dia,
Após o meio dia
Já passo esperar até a noite,
E quando é noite espero pelo amanhã,
Espero confiante na esperança,
Que alguém também esteja a esperar,
Quem sabe não iremos nos encontrar,
Cansei fazer os encontros acontecerem,
Cansei de experimentar,
Agora vou esperar,
Quem sabe o que pode acontecer,
Quem sabe quem irei conhecer,
Espero que valha a pena,
Na dúvida não tenho muitas escolhas,
Além de esperar,
Além de buscar,
Na dúvida vou esperar...
Pode durar dias, meses e até anos,
Mas pode ser que aconteça a qualquer hora...
Quem sabe!
Ah, se o outro olhar quisesse me olhar!
Deus sabe o que faz e tudo que faz
Tem um sentido,
Como o canto dos morcegos,
Como o perfume da flor,
Como o choro de um bebe,
Assim fico feliz em poder esperar.

Mistérios

Qual o encanto que me encanta?
A brisa da aurora,
O sumo doce da pitanga,
O canto do sabiá,
Uma frase bem pensada,
Uma coisa caprichada.

Que me encanta e não canta?
A habilidade das pessoas,
A resistência humana,
Nessa vida profana,
Resistir e ser resiliente,
As vezes quem sabe saliente.

Que me encanta?
A fé,
A paciência,
A tolerância,
A cumplicidade,
O amor... Sentimentos demasiadamente humanos.

De flor em flor
Beija o beija-flor.

Indagações aurorianas

Não vemos as curvas da noite,
Não vemos o delineamento do mundo,
A noite é escura, misteriosa por natureza,
A noite é possível ver a abóboda celeste com maior nitidez
Que paradoxo não?
A noite tudo torna-se próximo,
Sem o brilho das estrelas o que poderia está distante à noite?
A dama-da-noite se veste de branco e se perfuma com tanta elegância
E a noite quando se perfuma que podemos ver?
Indagações, indagações que me vêem a mente..
Por que tu acendestes em uma noite tão escura?
Como um cometa que acende e depois some.
Por que apareceu só para sumir?
Deixastes dúvidas em meu ser.
Como uma luz de fogo de artifício iluminou-se a apagou-se.
Gostaria de saber o porquê?
Se a noite tem uma orientação,
Fez a escolha. Por que desta luz?
E sem respostas continuo a observar a abóboda celeste.
Para o infinito existirá,
Podes vir ou partir...
Amanhã tudo escuridão.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O olhar

Uma flor,
Um espinho,
Folhas glabras,
O perfume da flor,
Os cachos,
A textura de sua corola,
Pétalas ao vento,
Perfume ao vento,
Cada um cada tempo,
Um olhar,
Um flerte acanhado,
O medo do oculto
No olhar,
Medo do que passa além da iris,
O que há por trás do riso?
Algo de bom ou de ruim,
Cruzar um olhar novamente,
Sentir o coração pulsar,
Será um sinal,
As flores as vezes ocultam espinhos
Além das pétalas,
Hoje não sei
Que se passou,
Foi um novo olhar,
Um perfume que me açoitou,
Como é bom se sentir vivo,
Com o sabor de um viço,
Um perfume,
Os cabelos...
Quem saberá.

Sobre a noite

É noite,
Após um maravilhoso dia,
Finalmente é noite,
Tudo que queremos é chegar em casa e relaxar,
Ouvir uma boa música,
Fazer uma boa refeição,
Contemplar a noite,
Ouvir seus sons,
Observar as estrelas
Tomar uma xícara de chá
E ler,
Se gostasse de futebol talvez estaria mais feliz hoje é quarta-feira,
Mas um bom livro me faz mais feliz.
É noite,
E repentinamente passa.

Observar a natureza

É preciso na vida aprender a aprender.
E a melhor forma de se aprender
Está em observar a natureza.

Observai quão são belas e efêmeras as flores,
Perceba que algumas flores são fecundadas
E geram frutos e os frutos por sua vez
Estão protegendo as sementes
E as sementes tornam-se adormecidas.

E quando as sementes caem em solo fértil
Elas germinam e a plântula que ali encontra
Cresce e se torna uma maravilhosa árvore,

Outras vezes as sementes não encontram um solo fértil,
E a semente germina e logo em seguida morre.

Algumas vezes as sementes continuam adormecidas
para sempre...

Algumas vezes a semente cai num solo fértil,
Mas não germina, talvez tenha sido melhor assim,
Possivelmente um dia a semente encontra um solo
Fértil e quando esse dia chegar,
Todo o passado será apenas passado,
Uma sucessão de erros que leva ao solo fértil,
Portanto, é preciso que a semente
Continue a tentar,
Continue a viver,
E busque esquecer as possibilidades acontecidas,
E aguarde a verdadeira possibilidade,

Algumas vezes o solo é que não está preparado para receber a semente.

Não nos culpemos pelo que não aconteceu,
Não nos culpemos pelo que não deu certo,
Simplesmente, temos que nos desapegar,
Simplesmente, temos que seguir adiante,
Dando  um passo de cada vez.

Encontremos um motivo para ser feliz a cada dia,
Um sorriso, uma atividade concluída,
Uma pequena realização,
A vida não para e não quer nossa decisão,
Ela acontece! Imediatamente...

Não espere dominar a chuva, o calor, a luminosidade
Aprenda a conviver com estas coisas, pois elas existem
Para o bem ou para o mal,
São coisas da vida.

É preciso aprender a perder para poder ganhar,
É preciso seguir adiante...

É preciso ter amor e guardar com carinho o que passou,
É preciso ter convicção do que se quer na vida,

Porque o que importa é o que você tem na vida,
Mas quem você é na vida...

Basta observar a natureza,

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Liberdade de voar

O vôo livre de uma ave no céu,
Um lindo céu azul,
De sol radiante,
Plana linda ave,
Vai de lá pra cá.
Do alto do céu,
A ave tudo ver,
A ave tudo percebe,
E sabe para onde tem que voar,
E sabe como voar.
A ave vive sua vida,
E quer o melhor motivo
Para voar,
Quer a liberdade de amar.

O correr do dia

Vi a aurora nascer,
Vi a manhã crescer,
Ouvi as aves cantarem,
Vi as plantas frescas orvalhadas,
E caminhei sobre as rochas duras arrumadas,
Caminhei olhando para o mundo,
Dei diversos bom dia,
Vi o riso e a alegria nos transeuntes das três ruas,
E a manhã cresceu,
E veio a tarde,
E veio a noite,
E encontrei as pessoas amigas queridas,
Te tive um dia muito feliz.
Amanhã tudo vai ser diferente,
Sem nenhum medo hei de ser feliz.

Rock

Acho que, sem dúvidas, uma das melhores bandas do Brasil se chama Skank. Talvez seja porque é uma banda do meu tempo ou talvez simplesmente seja porque suas músicas definem meus sentimentos.
Desde adolescente que ouço e danço e me sinto feliz ao ouvi-los. Já foram tantas músicas que me perdi na concha do tempo. Minhas memórias voltam até 1996 quando com 17 anos já ouvia e sentia que Skank tocava para mim.
Talvez não tenha tido muitas paixões de verdade, mas todas que tive eu vivi ao som de Skank.
Ouvia no início, no meio e no fim do relacionamento.
Chorei deveras com a música "Acima do Sol".
Vivi e devorei seus CDs todos cada um.
Todavia, "Sutilmente" é a minha música favorita.
Nem sabia que era uma música de 2008, mas a mim é tão recente.

A harmonia do dedilhar do violão, o arranjo musical e a voz perfeita de Samuel.
Cada frase arranjada para que um amor nunca se acabe.

Então, sozinho ouço essa música repetidas vezes.
Só para que esse amor nunca se acabe.

Disseram-me que Lulu Santos era bom, não discordei, mas não tive a oportunidade de ouvi-lo acompanhado.

Cidade Negra é uma banda maravilhosa sempre me emociono ao ouvir onde você mora.

Tim Maia é maravilhoso...

Paralamas me lembra amavelmente minha chegada em Natal.

Frejat ao cantar Segredos me faz viajar na imaginação, mas não tenho dúvidas que já encontrei esse amor e ele passou.

De Legião Urbana bom são tantas músicas maravilhosas me perdoe todas elas mas Via Láctea sempre me conforta...

Os Engenheiros do Havai que todos os meus amigos amam e por isso amo também, me faz lembrar as primeiras cifras daqueles que arranham o violão, adolescentes cheios de sonhos e de pulsação;

Tudo que queria ouvir e viver era "Vamos fugir" de Skank...

Por isso vou ficar aqui quieto.

Amanhã é um outro dia,
Quem sabe não fugiremos...

O destino tem o costume de pregar peças que nunca entenderemos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sutilmente II

Às vezes, as coisas mais maravilhosas acontecem em nossa vida inesperadamente.
E certamente não estamos preparados para receber tamanhas dádivas.
Simplesmente não estamos maduros o suficiente essas graças se vão.
A oportunidade perdida vira coisa vivida e como a palavra falada não tem volta.

Bom, várias coisas vieram e partiram, dessas coisas boas...
Mas confesso que a última vez que aconteceu, foi simplesmente maravilhoso.
Quando percebi o que tinha acontecido em minha vida,
Quando percebi que aquilo que mal começara acabara.
Perdi meu chão e minha razão, fiz o inesperado, fiz o meu possível,
Mas não foi o bastante.

Fiquei triste, mas cresci como nunca tinha acontecido em minha vida.
Juntei os meus pedaços e simplesmente me reconstruí.
Hoje estou muito bem...

Percebi quanto há beleza no céu e no mar, na noite e no dia,
Como é doce as frutas,
Como é agradável a poesia...

Eu sinto a presença da paixão como uma brisa no verão,
Agradável, suave e frouxa...

Cada amanhecer é impar,
Cada amanhecer é um novo dia.

Quem sabe não nos encontremos novamente.

http://www.youtube.com/watch?v=5cwhdtT4WZY


Alegria minha

A aurora encarnada,
O canto alegre das aves,
As flores desabrochando,
Terra molhada,
Água empoçada,
Ipês floridos,
O riso da criança,
Uma caneca de chá,
Um bom dia do outro,
Um riso de alegria,
Um reencontro amigável,
O salário do mês
Sinfonias de Bach, Mozart, Chopin...
Pinturas de Gogh,
Arquitetura de Gaudi,
Textos de Borges,
Artigos de Eliane Brum,
A obra de Bentham,
O amor de mãe,
A calma de pai,
A noite que tudo acalma,

São coisas que me fazem feliz.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sutilmente

Fecho os olhos e ainda posso ti ver,
Posso ver coisas que só via em você,

Fecho meus olhos e vejo seu riso.
Posso ver seus cabelos,
Suas mãos,
Seu corpo tênue,
Posso ouvir sua voz
Me chamando de bobo,
Ouço com carinho
As palavras que colocou em meu dicionário,

Não esqueci suas mãos,
Seus beijos,
Que chuva de beijo,
Fecho os olhos e sinto tudo...

Sutilmente,
Sinto você em minha vida.

A tarde que chega

E quando a manhã se entrega a tarde,
Barrigas cheias,
Camas ocupadas,
Mentes leves,
Os domingos mais perfeitos,
Ao longe uma torre se prepara
Mais tarde quem sabe não virá a chuva,
A tarde fresca que chega,
A maravilha aqui está.

Quisqualis

A quisqualis bela planta,
Cresce prostrada sobre os muros,
Seus ramos volúveis com folhas simples e opostas,
Crescem belamente até a florada chegar,
E quando chega a florada,
Suas espigas curtas,
Desabrocham suas flores vermelhas,
Com um longo tubo e cinco delicadas pétalas,
E exala um perfume dulcíssimo,
Um perfume emrubrecido como suas flores,
E assim coberta de flores,
A quisqualis toma atenção de quem passa,
Que bela visão, que belo aroma...
Na minha rua tem uma quisqualis,
É tão bem cuidada...
Oh, linda quisqualis.

Eu

Que sou eu?

Um dia fui gerado e
Um dia nasci,
E sempre fui cuidado com carinho
E sempre fui amado,
Mas chegou o momento que tive que partir,
Chegou o momento que tive que fazer minhas próprias escolhas,
É algo semelhante a aprender a caminhar,
A gente tenta, cai, tenta e cai até que aprende a caminhar com as próprias pernas.

Talvez minhas escolhas a princípio pode ter parecido erradas,
Mesmo assim segui em frente,
As amizades que construí foram primordial para nunca desistir...
E hoje vejo quantas coisas e lugares que tive que passar,
Quantas pessoas conheci,
Quanto medo passei,
Quanta coisa me fortaleceu,
Agora eu sei que o mais importante é enfrentar cada momento
Com determinação, com convicção,
A vida se passa no momento presente,

Do meu tempo ocioso, encontrei na leitura meu refúgio,
Diante do meu medo encontrei em Deus o consolo e minha força...

Sempre fui muito de imaginar,
As vezes de tanto viver na imaginação deixei de viver o presente,
Mas hoje aprendi que há o meio termo de Buda e Aristóteles.

Dizem que Sócrates tinha uma voz interna,
Acho que também tenho, ou simplificando Deus sempre esteve em meu peito.

Bom descobri muitas coisas em minhas leituras,
Na maior parte do tempo que lia, estava na verdade dialogando comigo mesmo,
Talvez agora possa ouvir os tantos autores que li,
De verdade,
Borges, Pessoa, Drummond e Bandeira me fizeram pensar...

Confesso que sou mais adepto da pintura que da literatura,
Sei lá,
Gosto de música, mas não é minha grande paixão como foi a de Nietzsche.

Bom encontrei em Gandhi uma palavra de paz e sempre volto a relê-lo.
Por incrível que pareça, aprendi com Gilsão um amigo de residência
Muito mais de espiritualidade que podia imaginar.

Eu sou um pouco daqueles que se aproximaram de mim,
Sou e continuo sendo,
Até quando?
Só o Pai celeste sabe,
Todavia enquanto eu viver
Que tenha paixão pela vida, dia a dia.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Paciência

Uma caneca de chá,
Um prefácio,
Uma poesia,
Querer está em todo lugar
E em lugar algum,
Sentir só e acompanhado,
Olhar a bíblia, se sentir afagado,
Pensar,
Pensar em tudo que passou,
Quanta coisa passou,
Fazer um balanço
Quanta coisa há de passar?
Os passos podem serem mais suaves.
Tanta coisa a ser descoberta...
Ter fé,
Fé no que virá,
Fé que vai dar tudo certo
A sua maneira peculiar...
Aguardar a chuva chover,
Aguardar a primavera florir,
Aguardar o verão secar...
Sempre na fé.
Todas as noites irão passar,
Quem sabe um dia seremos eternos...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Solidão

O que é a solidão?
Ausência de vento,
Ausência de um carinho,
Ausência de um sorriso,
Ausência do que complementava o tempo.
Sempre sentiremos solidão,
Mas podemos encará-la da maneira que quisermos,
Felizes, alegres, contentes ou tristes...
Cabe a nós escolhermos qual sentimentos
Ocupará nosso peito,
Podemos simplesmente esquecer de tudo,

Então podemos encher nossos peitos de coisas boas,
Bons pensamentos,
Boas imagens,
Boas formas,
Alegria, alegria...

Tudo passa,
E se tudo passa,
Então façamos o melhor,
Vivamos melhor,
Não vale a pena ser triste,
Sentir a solidão...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Indagações

O que me toma os sentidos?

Meus sonhos eu os tenho?

Tenho tudo que quero?

Sou quem sou?

O que me faz sentir bem?

O que aprendi a gostar?

Sou mais forte que os mesmo desejos?

Serei feliz hoje ou amanhã?

O que se passa na mente de um compositor,
Um pintor, um guerreiro quando executa sua arte?


Interior

A noite,
As sombras,
O céu estrelado,
Cadê a brisa?
Cadê a brisa?
Só o brilho das estrelas 
E das luzes se movem.
Estático fico a observar
Tudo que me cerca,
Aquilo que me afeta...

Flores sem luz,
Perfumadas são,
Flores sem luz,
Sem cor é...

A noite vou descansar,
E esquecer tudo que penso,
Mergulhar no imenso
Interior do meu ser.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bom dia

Uma ave cantando,
Uma flor perfumada ou colorida,
A brisa da manhã,
A aurora,
Pessoas caminhando,
Bom dia pra cá,
Bom dia pra lá,
O céu,
As nuvens,
O mundo,
O verde das árvores,
Eu,
Você,
Nós
E tudo ao nosso redor,
Temos responsabilidade pelo
Mundo que queremos viver.

Vencer

O sol desponta no horizonte,
As flores desabrocham no jardim,
As aves cantam felizes,
E tudo acontece no momento presente,
Vamos parar de imaginar
E viver o presente,
E encarar a realidade com a força
Que vem do nosso peito,
Vamos ter fé e acreditar
Que jamais estamos sós,
Pois assim venceremos
Todo o mal que nos atormentar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carnaval

Hoje é carnaval,
Que engraçado sempre vivi em cidades sem tradições carnavalescas.
Serrinha, Natal, São Paulo, Campinas, Brasília e agora João Pessoa,
É incrível como está cidade hoje está vazia, não ouço ninguém,
Não vejo uma pessoa nas ruas, nem carro passar,
Parece que todo mundo viajou para Recife ou Olinda.
Quer saber mais, acho que nunca vivi um carnaval com tanta paz.
Bom demais...
As tarde cai pacata,
Enfeitada pelo verde das matas,
Animada pelo canto dos sanhaçus e Sairicas,
A noite se aproxima,
As luzes se acendem,
Morceguinhos voam tranquilo...
E o carnaval acabou de começar...
Quanto descanso.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Hábitos

As vezes sou muito severo em minhas decisões. Deixei de tomar café desde que era adolescente. Recentemente parei de tomar refrigerante quando uma amiga me falou que era necessário tomar sete copos de água só para dissolver o líquido maravilhoso. Coca..., mas já fui amante do café, mamãe que o diga. Bem o fato é que caminhava para casa e por um instante me lembrei de um amigo que tinha ótimas histórias. Ele as vezes praticamente se mudava para uma estação do Ibama e ficava lá por semanas e as vezes meses. Gostava de ouvir suas histórias. Ele falava que depois de uma semanas até ali ele conseguia distinguir sons mesmo os mais distantes. Ria porque ele dizia até a distância em km. Falava que ouvia 14 km. Lógico que eu ria, mas ele era incisivo. Enfim acho que agora que deixei de tomar refrigerante acho que estou sentindo mais o doce das coisas. As vezes mudanças de hábitos pode nos trazer muitos benefícios.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Avós e Pais

A casa silenciosa,
Passos arrastados,
Paz.
Na cozinha um gato mia silencioso,
O cachorro abana o rabo,
A comida na lata de doce.
Pais e avós e mais tarde nós.
A vida se desprendendo da carne,
A fé em está com Deus,
Tranquilo se dominam os dias,
Sem pressa,
Vivendo cada dia ao sabor da idade,
Sem pressa como caramujo andando.
É difícil entender esse mundo afetuoso e gostoso,
Em que nos tornamos reféns de nosso próprio corpo.
Dá vontade de ficar sempre do lado,
De nossos amados,
Da vontade de ser um gato e u cachorro,
Só para viver mais pertinho
Dos nossos amados avós e pais.

Coisas mínimas

Há tanta coisa simples, mas maravilhosa de se viver,
Depois de um longo dia poder ver o entardecer,
Regar uma planta num jarro ou num jardim,
Ver a noite chegar, sentir a brisa fresca,
Deitar e poder descansar sem pensar em nada,
Não pensar em absolutamente nada,
Ficar a toa e deixar a mente viajar,
Certamente todos nossos dias hão de passar,
Mas por que não deixa-los passar com prazer,
Prazer das coisas mínimas.
É isso.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Entardecer o ser

Mais um dia se vai imerso numa tarde maravilhosa,
A tarde é crepuscular,
A tarde aos poucos se vai imersa em cores,
E do rubro muda-se para o azul, atropurpúreo.
As aves cantam seus últimos cantos
E aos poucos silenciam-se,
Aos poucos, o dia se desfaz em noite,
E a gente sente uma saudadezinha
E se sente bem por ter vivido mais um dia,
Mais uma dádiva ganha,
Imagina quantas batalhas foram ganhas,
Imagina quantas pessoas não estão felizes por sentir mais uma noite chegar.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Instante

E quando a noite cai estrelada,
Contemplo por um instante
As rutilantes estrelas,
Tão distantes, tão distantes.

Ah, sei que um dia serei uma estrela,
Uma respiração de pó nada mais.

Não podemos ficar esperando
As coisas acontecerem e o tempo passar...

Tudo passa rápido
E o que fazemos tem um peso em nossa vida,
Agir é fazer acontecer,
Amanhã pode ser impossível,
Faça hoje o que te faz feliz.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Movimento

Olho tudo que passa em minha frente,
Não significa que perceba tudo,
Muito pelo contrário, só percebo o que me é familiar.

Gosto de olhar para plantas,
Plantas floridas,
Plantas frutificadas,
Plantas mortas,

Observo sua morfologia,
E tento guardar cada forma perfeita em minha mente,
Aprendi a brincar de aprender
Os nomes das plantas,
E suas diversas categorias,

Sei lá para que serve,
Mas não sei até quando terei entendimento,
Um dia vai se acabar,
Portanto vou usar ao máximo,
Vou ficar olhando extasiado para o mundo,
Como um bobo que ver formas nas nuvens,
Vou contemplar as cores,
As formas,
Solver os cheiros,
Sentir a brisa...
Vou viver cada momento como se fosse o último,
Talvez assim a vida valha a pena.

E quando mergulho meu olhar no céu,
Vou tão distante e fico tão maravilhado,
Oras tenho o azul e brancas nuvens do dia,
Oras tenho o brilho rutilante das estrelas,
Oras tenho a Lua,
Oras tenho o crepúsculo...

E se é dia vejo as cores das flores,
Vejo as formas das folhas,
A textura da matérias,
A beleza dos jardins.

Vivo redescobrindo uma nova formas de ver o mundo,
De entender aquilo que me cerca,
De viver de uma forma diferente,
De forma mais altruísta...

Acho que podemos ser mais felizes
Cada dia das nossas vidas,
Mesmo que em doses homeopáticas.

A fé é muito importante e o amor a sim mais ainda...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Arde esperança

Fevereiro todo que queremos
É uma tarde de braseiro,
Tardes crepusculares,
Nos anima menos que tardes nubladas.
Nós do Sertão,
Precisamos de chuva,
Para da terra colher o pão...
E Fevereiro passa oculto,
Onde anda a chuva?

Domingo em Jampa

Um dia ensolarado,
Uma praia limpa,
A areia, o guarda-sol,
Transeuntes,
Vendedores,
O horizonte,
O sol...
Guloseimas doces,
Salgados,
Engana criança,
Banho, ondas de alga salobra,
A maré sobe,
O sol descamba pra tarde,
A volta, a espera.
O cansaço e a o resto do domingo que sobra para dormir.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A lua

A lua
Noite de lua,
Noite sem lua,
Hoje a lua apareceu,
Uma semana depois desapareceu,
E a lua continuou oculta por uma semana,
Mas foi reaparecendo por uma semana.
Aguardei a lua,
Acabei me entretendo com
A luz das ruas,
Nunca se sabe nada sobre a lua,
Pensa que se conhece,
Mas a lua aparece e desaparece.
A lua no inverno pode até ficar desaparecida
Por dias e dias...
Bom mesmo assim é bom contemplá-la quando aparece,
Não pode ser muito senão ela se envaidece.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Aurora

Aurora,
Me acaricias com tua leve luz,
E desperta-me para o novo dia,
Desperto e vejo no horizonte,
Oh linda aurora,
Tu está tão distante e tão próxima de minha alma,
Sinto no peito a sua calma,
Vejo que é hora de acordar e ser feliz,
Doce aurora que me acaricia,
Doce aurora que me dar bom dia.
Primeiro crepúsculo matinal,
Ouço o canto da passarada,
Sinto a brisa fria da manhã,
Sinto toda a energia
Emanada pelo sol,
Pelo céu, pelo espaço,
Sinto o vigor das árvores,
A felicidade das aves,
E dou bom dia para quem passa,
Porque a vida é efêmera demais
Para certos orgulhos...
Por isso Aurora,
Vou agora em boa hora.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Aprendendo

Sinto-me feliz quando percebo algo maravilhoso na natureza,
Quando vejo as ervas se cobrirem em flores e se derramarem em sementes,
Ou o capim seda com seus frutos pálidos estão sendo dispersos pelo vento,
E a tarde cai seca e bela...
Meu peito enche de alegria,
Ao fim de cada dia,
Ah, quem dera descrever a beleza da natureza feito Tolstoi.
Mesmo sem tanta classe,
Sigo vendo o mundo com tudo que há de mais belo...

Ver a erva derramar sua vida em sementes,
Ver as coisas mais simples,
Capim seda secando,
As aves em silêncio aguardam a noite,

Um riso amigo,
Um cumprimento,
E a vida existindo,
Partindo bem devagar...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Amada

Meus olhos voltam-se para o céu nesta linda noite,
Olho para a lua e para as estrelas,
Sinto meu peito apertado,
Eu busco no céu infinito o olhar que já não me olha,
Não me vejo em teu olhar,
Não me vejo sendo a alegria de teu lindo riso,
Está no mesmo mundo e não poder tocar sua mão,
Não poder te afagar com um abraço...

Quando tu partiu,
Tudo ruiu em meu peito,
Meu coração se quebrou,

Agora que já não estou tão triste,
Agora que te entendo,
Sinto-me feliz
Por ter te conhecido,
Eu te vejo nas flores,
Te vejo nas estrelas,
Sinto a sua presença,
Mesmo em tua ausência...

É tão maravilhosa a vida,
Contemplar cada instante
E a noite descansar para está pronto para um novo dia.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Resposta da natureza

A tardinha se foi
E a noite veio suave,
Leve como a brisa que passa,
No céu a lua se acende,
E aos poucos se alumia,
Feito manga de lâmpada de bojão...

Fevereiro chegou,
A noite chegou,
Ah, divina seja a música
De Villa Lobos,

Vejo os anos passarem por mim,
Vou perseguindo a felicidade,
Vou me conhecendo cotidianamente...

Mais um ano chegou,
E o primeiro mês se foi...
Não sei se sou novo ou velho.

Que posso fazer senão viver;
Viver cada dia como o último.
Posso tanto e nada,
Tenho que seguir minha estrada,
E mais nada.

Experiência

Quantos dias ainda virão?
Passados os anos,
Acumulam-se as memórias,
As tristezas e alegrias,
Vitórias e derrotas,
E nos definimos como seres,
Amadurecemos e envelhecemos,
O doce perde o encanto,
Os brinquedos a magia,
O corpo a resiliência,
Com os anos  nos vem as experiências,
O doce da vida além dos sentidos,
Além de qualquer coisa,
A autoaceitação,
A humanidade,
E por fim o fim carnal,
Espero que a morte seja apenas um portal.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Noite de sexta

A noite silenciosa,
A solidão forçada,
Grilos ciciando,
Redes sociais,
Uma grande conexão...
Uma grande solidão,
Pausa para uma reflexão....


Você e um Deus...
Numa sexta-feira,
Bom ainda bem que logo se segue o sábado.

Memórias,
Boas recordações,
E então o sono bate,
E a vida continua.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Singelo sabiá

Hoje cedo da manhã choveu,
Foi uma chuva suave
Daquelas que aos poucos vai
Molhando o mundo,
Feito lágrimas que alivia a alma...

E de um céu fechado o sol apareceu,
Enquanto a água escorria e lavava a rua...

E aos poucos foi se enxugando...
E em minha caminhada matinal,
Encontrei um sabiá cantando.

Em seu canto havia uma alegria,
Em seu canto havia uma melodia,
Quanta beleza num ser tão singelo,
Que deixou o meu dia mais belo.

Doces recordações me tomaram,
De tempos anteriores,
Que muitas vezes era acordado pelo sabiá.

Acho que quando partir
E se puder voltar,
Ei de querer ser um singelo sabiá.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Parte agora

Às vezes queremos esquecer de tudo.
Esquecer tudo que nos atormenta,
Nossos medos, nossos anseios,
O tempo que rouba nossa vida,
O gosto amargo da vida.

Mas é impossível tudo isso,
É impossível dormir e acordar livre
De todos os pensamentos,
Para o bem ou para o mal.

A vida segue seu curso,
Sem curvas...

Às vezes uma garrafa de vinho nos faz bem,
Mesmo que instantaneamente,
Podemos parcialmente esquecer de tudo,
Mas viver tudo é tornar-se forte,
Os problemas são vivos como os dias,
Que anoitecem, mas sempre voltam
E temos que ser guerreiros,
Enquanto vivos lutamos com afinco,
E encontramos a beleza da vida,
Nas coisas mais simples
Como o crepúsculo que parte agora.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O riso

A tarde cai e se vai,
A tarde parte bela com a arte,
E mais uma vez fresca a noite chega,
E as vezes sinto um misto de  esperança e alegria...
Ir e voltar,
Quais são os motivos para viver?
As vezes a gente encontra nas coisas mais simples
Como caminhar sem pensar,
Contemplar o crepúsculo matinal ou vespertino,
E o mais sublimes de todos um riso,
O riso tem uma força muito potente,
Nada é mais potente que um riso real...
E quando encontramos aquele riso...
A vida se justifica,
Tudo fica pleno,
Então viver mais
Pode ser a gloria dessa busca,
Tarde após tarde,
Pode-se esperar...
O riso há de justificar a vida.
Ou essa poesia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tardes

Fecho os olhos e posso sentir a tarde.
Aquele fim de tarde preso em minha alma.
Ah que linda tarde calma...
Tardes que passava o tempo a contemplar.

Tardes de Serrinha,
Tardes de Natal,
Tardes de São Paulo,
Tardes de Campinas,
Tardes de Brasília

E as tardes que vejo vivas.

Tu tens sua tarde.

Confesso que ah,
Sinto falta da paz da tarde.

Ah, serão estas minhas últimas tardes?

Quem sabe...

Sei que as tardes nos escapam
Vão sem parar,
Só restam memórias,
Existência
E um fim.

Sede forte Coração

Aceitar que meu mundo ruiu quando você partiu
Não foi nada fácil. Parece que parte de mim morreu.
Tive que imitar uma semente e me desidratar completamente,
E em lágrimas meu peito expulsou você de mim.

Os dias sombrios povoaram meu coração.
Eu sentia alegria só de está em sua companhia.

O mundo era perfeito como teu riso enchia meu peito
De alegria, de poesia.

Cheguei a questionar por que apareceu em minha vida.

Foram pesados os dias.

Mas aos poucos a calma foi chegando,
Meu peito foi ficando brando...

Continuei minha vida na presença daquilo que me faz bem
E jamais me abandonará...

Leituras de Borges, sinfonias de Mozart, telas de Gogh...

Aprendi como é bom dar um bom dia...

Aprendi como dói a solidão,

Aprendi como faz sofrer uma paixão...

Aprendi a valorizar mais as coisas

A me valorizar...

Vou rir mais, ler mais poesia,
Vou imitar em algo Manuel de Barros,
E levar menos sério a vida.

Quem sabe num próximo amor
Não acerto.

E então... Sede forte coração...

domingo, 25 de janeiro de 2015

Quando esqueço

Quando esqueço por um momento
Que a vida é maravilhosa
E me perco em minha realidade
E carrego a tristeza do mundo...
Quando me esqueço de tudo.
Sou feliz.

Saudoso sertão

Ah, como é saudoso o sertão.
Como é saudoso o sertão,
Sertão de chão desnudado,
Sertão de mata rala e espinhenta,
Sertão preenchido por solidão...

E a brisa que passa arrasta poeira,
E a brisa que passa desnuda cada planta,
E apenas as garras se sustentam,
Árvores garranchentas.

Sertão de caminhos polidos por caminhadas,
De canelas secas que vão e voltam.

E quando cai a chuva,
Perfumada floração.

Saudoso sertão.

Conhecer seu ser

A noite canta o bacurau a presença da chuva.
E a noite esfria e um cheiro de mato invade nosso
Peito e enche nossa vida de memórias.
Cheiro de marmeleiro...
Ah, lembranças atiçadas,
Que me faz tão bem,


A noite que me afaga,
Noite que me apaga.

Ah! não tem como reviver nada,

Tudo passa,
Tudo passa,

E no caminho da vida não se pode olhar para trás jamais.

Aprende a viver,
Conhece os teus limites,
Conhece o que te faz feliz...

Pois é o que se fez,

É possível mudar?

Ouço o canto do bacurau sempre com alegria,
Sempre igual no mesmo tom,
Sempre a noite,

Ah, ai encontra minha magia.

Dúvidas

Olhar o mar e viajar
Através do horizonte,
Sentir a areia afagar os pés,
Sentir o sol te dourar,
Ouvir o quebrar das ondas na areia,
A brisa que afaga a face,
Ah, como é bela a praia.
E como viver sem amar o mar?
E como viver sem amar o ser?
Se amanhã talvez já não há.

Solidão

S o l  i d ã o

O silêncio da casa,
O vazio de uma presença querida,

Um peito machucado,

Quanto ócio há na solidão?

Há quem saiba lidar,

Há quem não saiba,

Voraz ansiedade,

Sem piedade nos consome,

Mas tudo passa,

Até mesmo o mais impacientes dos momentos.

Desculpas

E o que eu sou?
Sou o meu passado,
Sou o meu presente,
O qual me faço ausente,
Por falta de coragem,
Por malandragem,
Uma hora tem que crescer,
Só se tem dia após aurora nascer.

Permanência

Ontem,
Hoje e
Amanhã.
Não continua a mesma a terra de minha infância?
O mesmo sol,
O mesmo céu,
O mesmo calor,
As mesmas chuvas,
Os mesmos ciclos?

E não são as mesmas populações
Dos tempos de meus avós,
As mesmas ervas,
Os mesmos arbustos
E as mesmas árvores.

E não nos imergimos em nosso cotidiano,
Em problemas bestas na crença de indissolúvel?

Não continuamos nós crianças?
Crianças adultas,
Que não sabem como tratar do ócio,
Do tempo que se esvai?
Ontem meu pai,
Hoje sou eu,
Amanhã meu filho,
Sabe lá.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Enquanto envelheço

A noite Borges soturno fechado em sua biblioteca encontrava nos livros o alimento para sua solidão.
Entre um livro e outro, entre as páginas e as frases, reflexões. Borges se perdia no labirinto de seus pensamentos. Pensava, pensava e pensava. Um monge em profunda reflexão.
Refletia sobre poesia, romances, filosofia e religião. Em sua solidão era mestre em escrever.
Sentia uma necessidade profunda de se expressar. Borges de certo não conversou com Pessoa, talvez nem tenha conhecido sua obra. Sabe-se lá. Mas duas almas tão distintas teriam em sua timidez gastado tempo com conversas oníricas. Pessoa mais velho que Borges, mas contemporâneo achou seu aconchego na bebida e Borges na solidão.
A solidão que todo o mundo hoje afaga.
Eu que já vivi no ócio fugia da solidão no universo das leituras... E me perdi, encontrei na busca do amor fugir da solidão, mas ai... o amor como toda relação cobra um preço.
Então, ouço Chopin...
E vejo o dia passar e vejo a tarde passar.
Não se consola quem não quer ser consolado.
Sofre quem quer sentir a dor...
Pessoa me ensinou a fugir da imaginação e viver o presente o agora.
Dizia puxa pelos sentidos...
Então eu mergulho nas leituras de Borges, admiro Gandhi e Jesus Cristo.
Eu amadureço enquanto envelheço.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Desconhecida razão

Desvendar o mundo subjetivo.
Uma flor colorida, rosa vermelha? É perfumada?
A cada olhar há um sentido.
A cada sentir uma expressão
De dor ou de alegria ou de tristeza...
Cada ser é impar, cada um com suas impressões.
E será se sei o que é melhor para mim?
Não tenho, não devo ter dúvidas,
Tenho que fazer da minha vida uma obra de arte
Já dizia o gênio de largo bigode.
E como devemos fazê-lo.
Pobre do solitário Borges
Que tanto buscou um amor
E só a longa idade o presenteou.
Corações acesos, sedentos por amores...
Quem descobrirá a felicidade no amor?
Quem sobreviverá a essa dor.

Ah, o amor! o desejo!
Não o amor não provoca dor...
Pretextos bestas para a vida,
Bobagens que passa...
E o que sobrará em nós.
Só sofrimento.
Creio que não só ilusão.

O que aprendemos?

Os dias que passam são passado.
Antiontem e ontem são passado
Como meio século ou um século.
O passado é uma roupa que não se veste mais
Já dizia o Belchior.
É preciso erguer a cabeça e seguir em frente.
O velho quintana já dizia que é preciso
Cuidar do jardim para que as borboletas venham visitá-lo.
E o que aprendemos com tudo isso?
Fica algo ou nada?

Indefinido

Como são belas as plantas floridas,
Flores doces e perfumadas,
Tanta coisa passada,
Tanta coisa vivida,
Música e poesia.
Descoberta dentro da vida,
Dos dias, dos anos...
E ai segue-se a vida.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Por um triz

E assim parte mais uma noite de minha vida.
E assim parte mais um momento do meu ser.
E assim compreendo a trama e a teia que é viver.
A vida e seus problemas de dor, de amor,
De saúde, de felicidade de tristeza...
Pulverizado com essas coisas vou vivendo,
Vou seguindo bem adiante e sofrendo
E descobrir que até mesmo na dor podemos ser feliz,
Saber que tudo passa por um triz.
Ser consciente... tudo passa.


Sabe lá

Ah!
Quanta coisa há no mundo
Que me pode fazer feliz.
Um riso,
Um abraço,
Um afago...
Tudo que queria ouvir
Não é real,
E me apego ao sonho,
E a dor continua a sangrar,
Sei que tudo vai passar
E quando tudo passa
O que fica?
Sabe lá,
Sabe lá.

Dia melhor

A noite silenciosa e escura me afaga,
A brisa acaricia, me beija e refrigera o calor.
Nos jarros domem as plantas verdes de flores coloridas,
No céu rutilam estrelas...
Onde andará minha paz que vagueia pelo mundo.
Largou-me a deus dará.
Ainda bem que amanhã é outro dia.
Os carros passam e quebram o silêncio,
E o meu peito desassossegado pernoite triste
A espera de um dia melhor... 

Esperança

Esperança!
Huberto Holden,
Gandhi,
Jesus Cristo,
São Francisco,
Santo Expedito,
Olhemos pelos grandes vencedores
Das dores do espírito,
Alivia aqueles que sofrem neste instante,
E aqueles desenganados dai esperança.

Vencerá

Às vezes há situações que nos tira toda a paz e bate um desespero que nos sentimos incapaz de mudar o curso da vida. Só nos resta aguardar por um milagre, apelar por forças do além, mas ai como dói.
Como podemos mudar? Ou melhor qual a melhor forma de aceitar?
Parece que nada faz sentido, mas haveremos de encontrar amealhado a esperança.
Haveremos de suportar a dor.
Haverá de vencer o amor.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Sentir esperança

Viver,
Sentir a dor do amor,
Sentir a dor da perca,
Sentir que tudo ta por um fio,
Sentir que tudo ruiu!
A esperança há de tudo reconstruir,
A esperança há de existir.
Hoje, amanhã e sempre.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Amo o que não tenho

Amo o que  não tenho.

Suspeito que tudo que nos é dado é emprestado,
Logo de alguma forma nos é tomado.

Tudo é incerto nesta existência.

Algo que vem fácil
Dissolve-se fácil.

Amo o que não tenho.

Tudo que me é impossível
como caminhar na lua,
Ou caminhar descalço sobre as águas.

Sou feliz se estou bem em qualquer lugar,
Sou infeliz se estou mal em qualquer lugar.

Quem dera entendesse Cristo ou Buda,
Mas só ouvimos nosso coração.

Somos pura emoção.

A rosa

Uma rosa desabrocha na roseira,
Uma perfumada rosa vermelha,
No ápice longos e frágeis ramos,
Ramos aculeados e de folhas rigas,
Desabrochou uma roseira perfumada.

Daquele ramo cortado,
No esterco de bois,
Regada a roseira surgiu,
Quantas rosas belas mais virão,
Quem não parará para olhar a rosa.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Absorvido

Se há algo que nos incomoda
Este algo é o silêncio.
É quando se está presente,
Mas se faz oculto,
É quando as palavas não se articulam na mente.

O silêncio entre duas pessoas presentes.

Resigna-se a falar ou ficar a observar,

Quando se vive distante,
Distante se fica do presente.

Observar,
Observar,

Nenhuma palavra vertida,
Nenhuma frase intrometida.

É preciso ter habilidade com a palavra falada,
É preciso ter paciência com a gente mesmo,

Senão a loucura nos toma conta.

Junto

O sol que passa,
A lua que nasça
A noite que se aprofunda
Sem silêncio,
Um gemido de dor,
A dor do amor,
Sofre quem ver quem se ama sofrer,
Sofre quem não sabe o que fazer,
Apela para orações,
Aperta os corações,
Mais um dia,
Um riso cultivado,
Um riso abençoado,

Há quem não durma por opção,
E aqueles por sofrimento,
Viver muitas vezes é se calejar pela dor,
Ah, sofre-se junto por amor.

Paciência

Paciência,
A vida é assim mesmo devagar,
Carregada como poeira ao vento,
Levada mundo a dentro pelo tempo,

Seixos no caminho,
Floresta seca de espinho,
Solo seco com carrapicho,

Na vida não é preciso muito capricho,

A gente vai sendo levado
A deriva como folha ao vento,
Mas quem nos rege é o tempo,

São tantas vertentes
Que nem percebemos,
Mas ai,
Um dia percebamos
Enquanto é tempo,
A vida é breve,
E nós passageiros de algum trem
Mineiro,
Sabe lá.

sábado, 10 de janeiro de 2015

É preciso

É preciso aprender,
É preciso aprender a perder,
É preciso aprender a sofrer,
É preciso aprender a entender,
É preciso aprender a esperar,
É preciso aprender que as batalhas
Para se obter a vitória são hercúleas
E nem sempre se vence,
É preciso aprender que para vencer
Muitas vezes se leva muito tempo,
É preciso aprender que vencer ou perder andam juntos.
É preciso aprender a viver com o pior,
Que o melhor é sempre tão passageiro.
É preciso aprender a respeitar a vida,
Porque a morte é certa,
E os dias voam de nós.
É preciso...
Então entenda que é preciso.

Só assim

A vida necessita de um motivo para ter significado e é exatamente o que venho constatando ao longo dos meus dias vividos. É com alegria ou tristeza que percebo minha humanidade. Perceber que somos humanos demasiadamente humanos. A proporção que os anos escorrem de nossas mãos podemos perceber a perda ou o tingimento dos cabelos, as limitações físicas, dores na coluna e nas articulações, disfunções hormonais. A dor de uma certa forma torna-se nossa companheira pode variar de pessoa para pessoa. É com tristeza que vemos as pessoas mais próximas sofrerem de dores.
Borges já dizia que nos tornamos prisioneiros de nossos corpos. Quando não são levados para sempre.
A vida é para fortes.
A dor é para poucos.
Tudo faz parte da vida.
Só vivendo para saber.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Adeus Tio Jussier

O tempo passa,
Sempre passou,
Sempre passará,
Mas para alguns o tempo se desgasta.

O tempo para, depois de um início,
Depois de tanto passar,
O tempo para.
Hoje o tempo parou,
Para meu tio que viajou,
Viajou para o passado,
Estacionou sua viagem,
Decerto vó José e vô Sinhá
O esperam sua chegada na eternidade,
A gente continua aqui vendo o tempo passar,
Amanhã restará só a lembrança.

Meu tio que partiu,
Que vi envelhecer,
Vi a doença que o consumiu
Longos anos a fio.

Homem paciente que viveu de ilusão,
O chão de seixos ferrugíneos,
Não mais suportará seu peso,
Nem as bignoniaceas perfumarão seu caminho.
Adeus Tio Jussier.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Tenho tudo que quero?

A noite se aprofunda,
Como um navio se distancia no mar.
Tudo é horizonte distante,
Estrelas e praias.

Quem sou eu nesse universo
Ultra diverso?
Nada!

Tenho tudo que quero?

Tenho a noite,
Uma sacada para espiar
E sentir a brisa passar,
Uma grande caneca de chá,
Meus Adenium,
As lindas palmeiras Dypsis madagascarensis,
E todo o céu para observar,
Livros para ler
E a solidão para pensar.

Tem tanta coisa para me entreter
Não sei se quero.
Não sei se sei está só?

A solidão as vezes me amedronta,
Mas muitas vezes me dar força.

E assim continuo segundo minha vida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Constante

A noite,
O silêncio,
O clima quente,
Nenhuma brisa,
Nenhuma expectativa,
Luzes da noite de Natal.
O passado,
O presente,
Amanhã o que acontecerá?

Sabe lá,
Sabe lá...

Tudo isso vai passar,
Absolutamente tudo,
Se concluirá,
Noites virão e passarão

domingo, 14 de dezembro de 2014

O ser e o nada

As paredes brancas,
Os poucos móveis,
A janela.

Deito-me ou vou a janela,
Olho para o mundo,
Olho através do meu ser.

Conhecer e ser conhecido.

Ser quem sou,
Antes de tudo requer
Saber o que eu sou
E quem eu sou
E o que posso ser.

Eu sou o que me fiz.
Eu sou a situação,
O devir,
O ser e o nada.

Sou a soma do que vivi,
A soma do que vi.

Eu vivi o querer ser o que sou.
E sou o que sou, mas querendo
Cada dia mais tornar ser o que sou.

E foi sempre olhando para o horizonte
Que visualizei ser quem eu sou.

A minha casa paterna tem a cozinha voltada para o poente,
E era de sua calçada que mentalizava meus pedidos,
Eu tinha fé,
No escuro do ocaso,
Depositava meus sonhos e meus anseios,
Olhando através dos ramos das Anonas,

Quando sai de casa perdi essa referência,
Eu materializei meus sonhos,
Mas faltou algo,
Olhar para um horizonte,
Eu andei perdido
Por tanto tempo,
Crendo está certo.

Perdi o hábito de olhar para o céu,
Perdi de olhar para meus queridos
Através das estrelas,
Encontrei no materialismo
A felicidade passageira,

Mas sinto falta
Do poente de minha casa,
Das frestas nas telhas,

Creio que muita coisa não se pode comprar,
Não se pode cultivar.

Aprendi uma nova forma de gostar,
Tenho a paciência e tenho que aprender a tolerar...

De minha casa tenho um novo poente,

Sei que tudo passará

E só restará o nada.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Tudo se vai

A tarde que passa,
A noite que passa,
A manhã que passa,
O dia que passa...
Absolutamente o tempo passa.
E quando percebemos este fato?
Nós simplesmente não percebemos
E se percebemos ignoramos,
Não aceitamos.

Nós não aceitamos nossa vida efêmera,
Cremos num eterno retorno
E vemos o tempo se estirar até que chegue o nosso dia de ser algo e não nada.

Mas esse tempo,
Mas esse dia nunca chega
Porque ele não existe.

Somos tão idealistas e não percebemos
Na realidade da vida,
No agora,
Neste instante que passa
E tudo se vai,
Tudo se vai.

Alguma coisa fica,
Alguma coisa fica.

Dezembro

Dezembro chegou.
O céu está tão cinza.
As noites mais enfeitadas,
São árvores e luzes coloridas,
É a brisa do verão,
A comida farta,
Momento de reflexão,
Que aconteceu de bom
E o que poderá acontecer ano que vem.

Dezembro chegou,
Quantos dezembros já passaram,
E quantos deles passarão?

Há aqueles que amam,
Há aqueles que odeiam...

A parte isso dezembro sempre passará,
Nossas memórias subjetivas
Dirão quanta esperança empenharão...

Que passe o dezembro,
Que venham outros...

Vejo que sempre nos distanciamos de tudo que amamos,
Mas como amamos muito,
Muitos outros dezembro virão.

Ordem em casa

A ordem na casa.
Cada coisa no seu devido lugar,
Livros na estante,
Cadeiras sob a mesa,
Travesseiros sobre a cama,
Plantas floridas em seus jarros.

A casa toda ordenada,
Mas onde me inserir  na casa?
Sou a desordem na ordem de minha casa.
Quanto mais ordem mais fria e vazia é a casa.

Como desfrutar de minha casa estando ela ordenada?

Esteja onde estiver, na cozinha, quarto ou sala
A casa, esse doce lar,
É uma verdadeira entropia.

As vezes fujo de casa,
Pois minha casa é solitária,
Vou para a desordem da areia da praia,
Andar entre ruas fatigadas de sujo...

Às vezes saio só para ter que voltar para casa...

A desordem da casa é a nossa desordem expressa.

Gosto de minha casa, minha rua, minha cidade,
Gosto de tudo que me envolve,
Amanhã sabe lá onde estarei
Ou se serei...

Minha casa,
Meu ser.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Efêmera flor de jasmim

Uma flor perfumada de jasmim,
Roubei-a de um muro duro.
Era uma flor branca e perfumada,
Ficava ali abeira da estrada,
No canto da rua, sobre o muro,
Fatigados os ramos do jasmim
Floriam flores brancas
Flores perfumadas,
Doces flores perfumadas,
Flores brancas de jasmim,
Duas flores desbotadas,
Já não são claras,
E nem perfumadas,
Como foi no dia que roubei-as para mim.
É preciso cuidar bem de jasmim,
Ter um jasmineiro inteiro,
Porque flores são tão efêmeras,
As flores nocturnas de jasmim.

Enquanto a noite passa

A noite estrelada,
A brisa fresca que cruza a janela,
O céu escuro pingado de estrelas.
O silêncio dentro de casa.
Só a luz acesa me faz companhia.
Só a luz clareia as capas dos livros.
Não quero fazer nada,
Pensar em nada,
Quero desfrutar do ócio.
Quero silêncio,
Quero ouvir o intimo do meu ser.
O coração a bater.
A ociosidade é provocadora.
Não me deixa quieto.
Vou a janela e curto a brisa.
Enquanto a noite passa.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Na vida passageiro

Há tanta coisa oculta a ser revelada,
Tantas palavras e frases lindas
A serem a serem expressadas, sentidas e vividas.
Nessa vida toda a ser vivida.

Quase sempre me surpreende as descobertas que tenho
vivendo, coisas sutis como uma palavra e seu significado,
Um sorriso primeiro, um riso constante... alegria e a amizade.

A amizade de graça,
Os restaurantes na cidade, novos lugares,
Novas pessoas, novas histórias,
Tanta coisa, tantos mistérios revelados
Que me fazem amar a vida.

Descobri o valor da família,
Casa paterna,
Da cidade natal,
Das nossas amizades colhidas a peso de ouro,
Que só continuam a crescer com o tempo,
Descobrir a importância de nosso esforço e empenho em nosso trabalho,

Descobrir valor da coisas mais simples como o cheiro da chuva,
A cor das folhas jovens nas árvores,
O doce das furtas maduras no pé,
Ver uma semente germinada,
Plantas floridas visitadas por abelhas, borboleta e beija-flores,
A brisa fresca de qualquer lugar,
O trabalho das formigas...

A prender a ver as coisas em seus universos,
Lesmas nos jardins,
Poemas nos livros,
Uma penela cheia de comida a ser servida,
Um olhar apimentado e apaixonado,

Um novo poeta, um novo poema,
Uma nova sinfonia,
O compromisso descompromissado por prazer, ler, ouvir, provar e gostar...

Tanta coisa boa me acompanha,
A família, o contato com a terra molhada,
O deitar da semente na cova, 
E acompanhar e cuidar das plantas
E colher os frutos,
E colher os frutos...
Quanta alegria me trás a chuva,
O cheiro do óleos de mameleiro...
Minha vida de sertanejo,
Minha vida de homem
Na vida passageiro.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A solidez da alma

A rua de rochas duras, fatigadas e sujas está sempre vazia.
Quando cruzo o portão, sinto uma proximidade do chão,
Sinto a solidez angulada das rochas cortadas e unidas pela argamassa
Nessa rua estagnada.
Às vezes molhadas da chuva, as vezes cinzentas do sol.
Estas rochas que antecedem minha existência nesta rua.
E que persistirá minha existência.
Mas minha existência quimérica
É uma existência livre onde posso ir e vir e não ficar fatigado.

A minha rua que não é minha,
É uma rua com muros cansados,
Sem cor, com lodo escuro da época da chuva,
O que salva são as plantas,
Uma Senna, um jambeiro, um jasmim...
Cicas atrás dos muros,
E pessoas ocultas,
Quantas pessoas ocultas nessa vizinhança vazia.

Eu

Eu
Às vezes não quero ser quem sou.
Queria ter uma concha para poder me ocultar em mim mesmo.
Queria ser uma rosa entre as rosas do jardim.
Uma estrela numa noite estrelada.

Às vezes enquanto caminho queria ser um paralelepípedo do calçamento,
Um grão de areia da praia.

E quando caio em mim que paradoxo,
Pois sou tudo isso para o outro.

Aquele ou aquela que cruza por mim e não me ver.

Na verdade sou oculto para o mundo.
E cotidianamente vou tomando consciência disto,
Embora meu ego muitas vezes seja mais inflado que a realidade que me cerca.

Eu

Tento ser aquilo que como,
Aquilo que ouço,
Aquilo que uso,
Aquilo que me impressiona.

Mas muitas vezes não sei quem sou.
Quero me conhecer e só vivendo descobrirei.
Viver é descobrir aquilo que somos, é tomar consciência da consciência
É  conhecer a se mesmo.

E conhecer a se mesmo muitas vezes,
E conhecer nossas fraquezas e nossos medos.

Eu quero viver todos os dias que me forem dados
Sendo sempre eu mesmo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Tudo novo

A noite de natal se aproxima e com ela o ano novo e com ambos novas esperanças.
Ruas vazias, luzes coloridas a piscar.
O ano correu,
A lua cheia apareceu tantas vezes,
Fazia tempo que não a acompanhava.
A vida vai seguindo,
Sem tom.

Evolução

Onde começa ou termina algo?
Algo pode ser tudo, inclusive nada.
A matéria e suas propriedades,
Aquilo que nos constitui,
Que um dia se dilui e se dissolve.
O que podemos compreender do todo?
Como podemos expressar?
Algo se inicia quando percebo,
E continua a crescer em mim,
Enquanto percebo tomo consciência
Desse algo que se faz ou se desfaz para mim.
Não entendo nem 10% do que vejo,
Do que sinto, do que é.
Minha tênue existência não é suficiente,
Então vamos viver o que nos é permitido,
E toda a evolução será produto da humanidade
E mais nada.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cores do sem fim

O mundo,
A luz dourada da manhã,
Que desponta com a aurora,
E se desfaz em luz transparente,
O verde viridescente das flores,
Amarelo, azul e vermelho das flores,
A luz do sol que inunda nosso mundo
De cores e de energia.

Após o dia cai a treva noturna,
A existência que me antecede,
A razão que me constrói
E degenera com minha morte.



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Consumir

Um chá pra acalmar,
Uma noite frouxa,
Após um dia inteiro,
Um dia que começa
Com uma oração,
Uma leitura,
Um pedaço de bolo,
E se desenrola entre uma conversa,
E o trabalho,
Entre uma aula e outra,
Entre o almoço,
E a tarde que passa
E a noite que chega,
Passam os dias,
As semanas,
E esperamos ansiosos por nosso capital,
Consumimos ansiosos
Nossas contas,
Sem percebermos que estamos consumindo
Nossas vidas.

Cartola

Cartola um gênio da música.
Viveu na cidade maravilhosa,
Entre pessoas de boa conversa,
Gente agradável pulverizada de alegria,
E felicidade intensa.
Tuas lindas canções,
Que horas se estaria inspirado?
Qual o local favorito para escrever?

Vá entender o gênio e a genialidade.
Suas obras nos cativam,
Nos conquistam pela beleza,
Pela melodia e pela singeleza.



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Esperança

A noite profunda,
O grilo cantando,
O corpo cansado.

O sono e a brisa chegando,
Tomando conta da alma,
A vida passando,
A esperança de tudo
Está melhorando.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

As vezes

Às vezes, nus pegamos estáticos olhando para o além, para o nada. Nós ficamos num estado estranho
 e sentimos uma sensação de está vivo, algo bom. Estamos ali ouvindo os sons distantes ocultos de nossos horizontes, sabe lá o que será! um pássaro? um ronco de motor? ou o burburinho de uma conversa algo externo ao nosso alcance ou o nosso ser.

A verdade que não entendemos tais sensações, talvez as cabras e as vacas que ruminam entendam estes momentos mais que nós. Esse momento de vácuo em nossas vidas.

Talvez estes momentos aconteçam porque somos imersos por uma avalanche de informações em que não conseguimos absorver nem cerca de  10% destas que acreditamos serem importantes à realização de nossos sonhos e nossos anseios. Nós nunca nos contentamos e queremos sempre mais.

Somos pressionados e se não estamos buscando absorver o mundo nos sentimos inúteis.
A ociosidade nos causa tédio. Não temos tempo de não pensar.

Dai nossos seres nos fazem viajar ir ao além. E quando não aguentamos a pressão buscamos forças superiores, adquirimos vícios, crenças ou até mesmo hábitos distintos.

Diante de nosso subjetivismo nos perdemos no caos do mundo. Talvez Pessoa tenha razão voltar a atenção seja a melhor solução.

Quem sabe!
Quem sabe o que é melhor para si é você mesmo.
Tudo vai acontecer de qualquer jeito.
Nossa vida vai passar de qualquer jeito.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sentido

Fim de ano,
Luzes de natal,
Pisca-pisca coloridos
Como doces de confetes,
Piscando noite a dentro.

A noite vazia,
Os sentimentos vazios.

Corrente elétrica,
Luz, brilho cor.

Está difícil encontrar um sentido.

Veríssimo

Há tanta gente com uma áurea um magnetismo que nos faz sentir bem em sua presença. Não sei como verbalizar, mas encontro nos textos que leio não muitas vezes uma sintonia muito intensa.
Quando leio Borges, Eliane Brum entre outros. Bom um escritor que me encanta é Luiz Fernando Veríssimo, bom não creio ser exclusividade minha. Veríssimo é um gênio da palavra que fala sobre coisas simples e coisas extremamente complexa com uma leveza invejável. Adoro abrir a página do estadão as quintas só para poder me deliciar com seus textos maravilhosos e cheios de humor, algo semelhante a garapa de cana caiana que nos lambuza e nos faz feliz por aquele momento. Acho que seus contos deveriam sair na segunda, mas ai talvez não fossem tão doce. Ele tem o tempo para relaxar e debulhar o melhor milho na quinta quando aguardo ansiosamente. Ah, como será que Veríssimo captou no universo sua maravilhosa forma de escrever?
Talvez um dia me seja revelada. Talvez nunca.
Não entendo dessas coisas da vida, do cosmos, apesar de tudo vou vivendo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Villa Lobos

Villa Lobos gênio da música erudita brasileira,
Quando te ouço tuas composições oh grande gênio,
Sou toda sensação de leveza e prazer.
As conchas de minhas orelhas se deleitam
Quanto te ouve...
Quanta beleza, quantos encantos, encrustou em suas melodias?
Eu que  nada sei de composição
Paro para ti contemplar.
Tua música brasileira me faz sentir e viver São Paulo.
Em cada estado do Brasil se encanta de uma forma contigo.
E a noite fica maravilhosa
Com tuas BACHIANAS...
Levo na alma o amor pelo Brasil
Por tua imensa e maravilhosa obra.
O grande mestre.

Espiral

Os anos que compõe minha vida são tijolos de uma grande construção.
Cada ano de minha vida é impar com resistência e fraqueza,
Que não se esfarinhe que não me faça ruína jovem.
A vida é tão curta para ser entendida,
A vida não deve sequer pretender ser entendida.
Quão efêmera é esta passagem.
Mesmo assim algo nos alimenta
E nos faz seguir adiante,
Há quem denomine essa força de Deus...
Sabe-se lá.
Pouco entendo uma sinfonia, mas sou apaixonado
Pela harmonia com que cada nota é soada por cada instrumento.
E assim o tempo passa
E assim tudo declina,
Um fim eterno nos consumirá
Ad eternum


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Praça da Paz

Nossa praça é encravada
Entre a principal e o bairro habitacional,
Em seu entorno crescem prédios para bolsos ricos,
Nossa praça popular,
Anda tão apagada,
Paredes e pisos sem cor,
Quanto desamor,
Aquela praça tão habitada.
Com seus quiosques e suas árvores,
Arbustos de resendá que a enfeitam,
Mas que morrem de sede,
Com uma florada mirrada,
Pobre praça habitada.
Os ipes fazem sua parte,
Traçam em suas flore a mais perfeita arte de embelezar,
Beleza efêmera de flores zigomorfas,
Amanhã cápsulas e sementes aladas.
Os resendás companheiros das pistas de caminhada,
Com sede sem estrume morrem aos poucos.
Nossa praça abandonada,
De esgoto aberto,
Com seus moradores que aforam suas máguas
Na cachaça ou mais entorpecentes sabe-se lá.
Nossa praça mais habitada parece abandonada,
As paredes e pisos perdem as cores,
As máquinas estão se desfazendo,
Se acabando, mas a praça.
Mas essa praça precisa ser recuperada,
Ela que se encontra pichada...
Não espero que as crianças que ali correm e brincam
Sinta-se bem numa praça abandonada,
Saudosa a mim nova,
Doce praça da Paz.

domingo, 23 de novembro de 2014

A metafísica dominical

Uma manhã ensolarada de verão,
A poeira, folhas secas e a brisa.
O céu azul o mar com vasto horizonte,
Os coqueiros, o calor, a brisa e a água de coco.

Crianças, cães, adultos e idosos.

Ruas vazias,
Algo acontece pacientemente em todo lugar,
Cigarras a cantar.

O que é a existência?
Neste, cenário cravada em minha mente está absurda questão.
Não encontro uma resposta.
Que metafísica a me alucinar.

O que é a felicidade?
O que é responsabilidade?

Uma avalanche de perguntas me afoga a alma.

Vou até a janela olho as ruas, as árvores,  os telhados
E nada, absolutamente nada faz sentido
Além da ordem física da matéria
Com sua substância e sua forma muitas vezes amorfa
Sem identidade.

Encerrado em meu apartamento,
Encerrado em minhas obrigações,
Encerrado em minha moral,
Encarcerado na vida que escolhi.

Acendo um incenso,
Sindo o aroma doce se difundir pelos átrios do apartamento,
Solvo a fumaça branca que dança no ar,
Vejo a matérias mudar de estado frente a frente,
Como uma ampulheta a contar o tempo.

Escolho uma música e ouço
Quão doce melodia compôs Bach.

De repente uma tosse, um escarro,
E me desloco até o banheiro para escarrar,
Essa minha natureza humana.

Esta ordem desordenada do ser.

O que é consciência?
Confesso que não entendi nada do que falou Sartre sobre consciência no seu Ser e o Nada.

Às vezes minhas pretensões filosóficas são tão medíocres.

Fico sem entender nada do  nada.

Paixão e desejo e beleza e medo nos fazem escravos do mal viver.

Tento encontrar algo que me tire da ociosidade e sinto que todas as vezes que assim o faço
A sensação de ociosidade me sufoca ainda mais.

Eita ser complexo, nessas horas nem Borges me acalma.

Lembro de Pessoa e só assim acordo de meu sonho metafísico, 
Paulatinamente volto ao estado normal...

A vida trata-se de uma grande ilusão,

Quem sabe Platão não teria razão,
Somos seres loucos para voltar o mundo ideal, mundo da perfeição,
Angustiados por nossa existência...

Sabe-se lá.

A felicidade habita apenas a infância,
Depois... doce ilusão.

sábado, 22 de novembro de 2014

Algo

Por que o oculto nos encanta?
Desconhecemos o porquê, mas amamos tudo quanto é misterioso,
Talvez seja peculiar a nossa natureza animal.

Fernando Pessoa em sua obra mostra que não existe mistério
que as coisas são o que são, em seu poema Tabacaria deixa muito claro.

Meu amado Borges em sua maravilhosa obra muitas vezes
Nos faz pensar certas coisas como em muitos de seus contos
Estão presentes homens que se duelam até a morte.
Sinto que o mistério e a ousadia de querer conhecer
Como é a outra face uma suposta desexistência
Levam homens a duelar até a morte.

Não sei...
A vida muitas vezes é imbricada em suas próprias fases
como uma cebola em seus catafilos
Que vai se consumindo
E vai sumindo.

O que há além da infância, adolescência e as demais fases da vida?
Talvez tudo ou nada, experiência?

Esperamos sempre por algo a ser revelado.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh