sexta-feira, 5 de abril de 2013

Talvez Jung explique

Ontem, à tarde, quando o céu parecia que em instantes iria desabar lufadas de vento frio, aquele vento que antecede a chuva, me fez lembrar minha primeira escola. Foi naquela pequena escola, no sítio, que aprendi a compreender muitas coisas. Foi ali que comecei minha longa jornada de vida estudantil, ainda era década de oitenta. Foi ali que aprendi a ler e escrever com dona Livani.
Mas como dizia, mesmo pequenos, já eramos capazes de saber quando estava para chover, através do o vento que, às vezes, soprava do poente. Sempre era um vento frio, sempre que soprava, mais tarde chovia, então já tínhamos como certeza que a chuva viria.
Passados muitos anos, muito distante dali a sensação do vento frio da chuva ainda é revelador e maravilhoso. Faz-me sentir feliz. A chuva era motivo de felicidade para nós no nordeste.
Naquela tarde, enquanto caminhava refletia e contemplava a natureza, o fim da tarde, a chegada da chuva e este turbilhão de impressões que me acometia.
Às tardes são sempre maravilhosas embora, muitas vezes, estejamos confusos. Quando saio para caminhar o mundo se revela como uma chave e abre uma série de memórias e esqueço as coisas ruins que me atordoam e me sinto melhor...
As sextas-feiras, naquele tempo, ficava muito feliz quando ventava do poente... Meu coração enchia de alegria. E ainda hoje me sinto bem com o vento frio da chuva
Vá entender, talvez Jung explique.

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