Nos arredores de minha casa, nas terras dos vizinhos, haviam pés de umbus. Essas fruteiras dão uma frutinha pequena, besta como pitomba, porém mais carnuda. Quando se come um não quer parar de comer. Então fica que nem galinha catando milho no terreiro, em busca dos umbus sobre o umbuzeiros. Um dos pés de umbu favoritos era o que ficava na terra de Elita de Joãozinho. Ficava atrás de uma grande casa velha abandonada, usada pelo dono pra colocar forragem seca e objetos da lida como caçoar, campinadeira. O problema dessas casas velhas é que é um criadouro de vespas, localmente conhecidas como caboquinha pela cor. Então lá ia eu no fim da manhã depois da luta de casa, passando por entre as cercas roubar umbu, não é bem esse termo, dava tanto umbu que o dono não ligava que fosse lá, só tinha que ter o cuidado de jogar os caroços e as cascas longo da sombra do umbuzeiro. Eu fazia a festa já que no umbuzeiro havia uma galha que servia de balanço. Só restava deliciar do mel do umbu e se balançar. As escondidas do dono para dar mais emoção. As vezes na volta comia coquinhos. Bem na extrema da terra e da de Josimar tem um grande coqueiro que dava coco como cacimba de areia. Tinha sempre cocos secos lá. De maneira que minha dieta era naquele tempo era a base de frutas, amêndoas e comida de casa. Era sempre bom ir ao pé de umbu. Doces recordações dos pés de umbu.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
terça-feira, 10 de maio de 2011
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