terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dacair

Não temos como evitar o envelhecimento se vivermos, se continuarmos vivos, nossos corpos como são ingratos. Como são cúmplices com a gravidade, com a ausência de água, como acumulam gordura. Ontem mesmo era um menino ingênuo que entrava na faculdade, ia dormir tarde conversando com os colegas. E os meus colegas como eram novos. Como éramos novos. Quantos apetite tínhamos. Vontade de crescer, de ser gente importante. Queríamos curtir, mas nossos sonhos sempre batiam a porta cobrando responsabilidade. Hoje passados dez anos, que somos seres calvos, com a barriga surgindo, os músculos se adiposando. Com muito mais incertezas,
mas responsabilidades, com muitas crenças. Então penso no que evoluímos? Pode ser que em muitas coisas que eu não percebo. Acho que minha alma ainda é de criança. Não aprendi ainda a lidar com problemas de gente grande. É tudo tão complicado. Mas o tempo não volta, nem os corpos rejuvenecem. Não ficamos mais condicionados a vida. E vivemos acreditando fazer o certo.
Mas o que é o certo?

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